quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

yellow

I came along,
I wrote a song for you


Tenho um segredo: eu escrevo músicas. Na verdade, é muita pretensão achar que são músicas. Nunca houve canção para nada. As canções já estavam compostas e escritas e tocando em meu ouvido sempre que escrevia, e não posso dizer que há algo de original na minha façanha. Eu não escrevia sem a própria música.

As letras existem com o silêncio. Em algum lugar por aqui, estão guardadas, e com elas não há nada mais que um fundo branco. Talvez não tenham sentido algum, mas com a canção certa de trilha sonora, eu enxergo. Enxergo todas as coisas pelas quais passei, tudo o que senti. E é engraçado lembrar assim de sentimentos velhos e desgastados, como se estivéssemos vivendo tudo de novo. Juro que não dá vontade de chorar. (Um pouquinho, talvez.)

Nunca quis ser compositora. Eu nem tenho talento. Mas é que as letras surgem. Elas simplesmente surgem. Em momentos assim, que nem esse. Agora.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

jambo

Eu acordo, faço hora para me arrumar. Enquanto tomo goles do café, ligo na MTV, faço mais hora para me arrumar, termino o café. Se der na telha, pego uma fatia de pão integral e vou comendo a caminho do ponto de ônibus. Às vezes esqueço o celular e volto. Mas só às vezes.

Isso tem sido o começo dos meus dias nos últimos meses. E, de alguma forma, é interessante para alguém.

sábado, 31 de outubro de 2009

A gente senta no sofá e fica esperando. Assim, alguns minutos. Horas se passam, e continuamos lá, sentados, esperando.
Sempre esperando. A verdadeira missão nesse mundo é esperar. Não sabemos o quê. Mas esperamos. Sempre. Algo.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Eu disse que não ia voltar. Ia deletar, apagar, seguir em frente. Mas eu não resisto. Olho e caio de amores, sinto aquela atração que não consigo controlar. Por vezes, nada tenho a dizer, e só fico olhando. Meio apaixonada? Talvez...

Mas está na minha vida já tem um tempo, é difícil deixar para trás. Me apeguei. Todo o carinho que recebi, não consigo esquecer. Todos os momentos juntos, vou lembrar sempre. Acho que quero continuar. Acho que vou tentar, ainda. Não quero desistir. Não agora, não tão cedo.


Eu podia dizer isso para alguém, sim. Mas estou falando do blog mesmo. Tudo bem se eu não fizer títulos por um tempo?

domingo, 25 de outubro de 2009

Fail.

Esse blog já não tem propósito algum.
E agora?

sábado, 17 de outubro de 2009

only when i sleep


Não lembro a idade que eu tinha quando viciei nessa música do The Corrs. Mas sei muito bem como eu me sentia quando ouvia. E esse sentimento não mudou nem um pouco.
Parando para pensar agora, eu sei que não mudei nem um pouco. Ainda penso e sinto como anos atrás. Um dia farei 25 anos, e ainda não conseguirei agir como uma pessoa de 25 anos. Sou uma idiota e não sei porque sou assim.

Falling.

domingo, 4 de outubro de 2009

Veja bem,

é fácil desistir. Quando palavras nunca serão gestos, ou gestos nunca serão palavras, é muito fácil desistir. O difícil é perceber a tempo, antes de cair na armadilha de achar que aquilo que se vê é real. Porque não é.

Meu pai mesmo me disse: você sonha demais, garota.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

à toa

Eu não tenho medo. É só vontade. A gente é tão parecido em tudo, que eu me assusto um pouco. Mas logo me acostumo. Me acostumo porque quero, e muito. Quero tanto, ninguém faz idéia. Imensidão de querer que nunca tive.

Passos lentos, talvez eu chegue lá, em algum lugar, nesse lugar. Talvez eu me perca no caminho e nunca chegue. Mas poderei dizer: eu tentei.

domingo, 6 de setembro de 2009

Prato frio

Dizem que a vingança é um prato que se come frio. Eu demorei alguns anos para entender a expressão, acho que porque nunca fui uma pessoa vingativa - talvez pela capacidade de guardar a raiva e não fazer nada quanto a isso. E por nunca me vingar de ninguém, acabei arranjando um modo de externar sentimentos reprimidos: a saudade.

E vou dizer uma coisa: saudade é o pior prato para se comer frio. E aqui, nesse calor de morrer, ouvindo o barulho do ventilador misturado com o som de Incubus, sinto meu coração se apertar e desejo infinitamente ser uma pessoa vingativa para ver se paro de sentir tanta saudade.

Que coisa.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

E se?

- Você não vai amá-lo para sempre.

Silêncio.

- E se você esperar a vida toda por alguém, e ninguém esperar por você?

- Pára, eu não quero te ouvir.

- Mas devia.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Conta e lembra datas, tira fotos, escreve cartas. Guarda no peito, no coração, na gaveta, em uma canção.
Algumas letras, talvez rabiscos.
Algumas memórias.




Nova história no Batata Quente, confiram.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Falta

Segurou minha mão e eu vi algumas lágrimas descerem pelo seu rosto. Algo tão raro, talvez fosse a anestesia, não sei. Mas chorou, e eu segurei o máximo que pude para não fazer o mesmo. Ele sussurrou algo como "Tive tanto medo", mas não sei ao certo - e também, jamais saberei. Mas naquele momento meu coração se apertou, e eu tive a necessidade de dizer que o amava, demais, imensamente.

Olho para o sofá e é tão estranho. Ligo a TV para ouvir vozes e não me sentir sozinha, mas não é a mesma coisa sem ele ali, naquele sofá, mudando de canal todo minuto. O silêncio da casa não é o mesmo quando o silêncio é dele, denunciando chateação comigo. Comento sobre o CQC para ninguém, só para manter a rotina e sentir como se nada tivesse mudado.

Mas mudou só por enquanto. Logo ele estará aqui de novo, reclamando, brigando, mal humorado, assistindo filmes comigo. Meu pai, minha vida.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Quê?

Acho engraçado que quando estou feliz, não consigo escrever direito.
Sei lá. Acho que já escrevi isso aqui também.
Mas sou previsível e repito.

sábado, 25 de julho de 2009

Tarde de sábado.

Digitou algumas palavras soltas, esperando que talvez elas fizessem algum sentido. No fundo, não sabia o que escrever. A xícara de café já estava vazia, e o lábio cortado por um pedaço de casca de pão francês latejava. Não importa, ela não usaria seus lábios tão cedo.

Não queria saber de mais nada, apenas criar uma história. Mesmo que não tivesse um começo ou um fim. Qualquer coisa que a fizesse pensar numa realidade que não fosse a sua. Fuga. É confortável pensar numa vida que não é a sua - ou pode até ser a sua, mas irreal. Entendem?

De repente uma luz veio, algo que deve ser comum entre os escritores. Não que ela fosse uma escritora, longe disso. Bem longe disso. Mas já que era para ter uma realidade paralela, que ela fosse uma escritora então. E seus dedos digitavam cada vez mais rápido, e a história sem sentido, sem começo e sem fim tomava conta da tela.

Parou. Seu estômago doía pela falta de alimento consistente. Não é saudável tomar café durante uma tarde inteira sem comer nada - o pão francês não contava. Ao fundo, misturado ao silêncio, ouvia a voz firme e a melodia marcante de Alanis Morissette. Acho que sou feliz, pensou. Mas não tinha certeza, como sempre.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Fail.

Eu sonhei uma coisa muito boa. Mas acordei passando mal, doente.

Conclusão: vai ficar só no sonho mesmo.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Falling.

Tudo o que eu quero, e peço, é apenas um abraço. Ô meu bem, vê se não demora, que o cansaço tá chegando, estou a ponto de pedir e dizer chega! Já, já desisto.

No ritmo em que o café transborda pela caneca amarela de sempre, eu vou deixando meu coração bater até ele cansar, cansar, e mudar a direção.

Tanto, tanto, tanto. E não precisa fazer sentido, nem pra mim, nem pra você.

É que existe e eu não evito.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Me deixa fingir, e rir.

Eu vejo tudo embaçado, tento em vão tornar as coisas mais corretas, mas tudo se vai pelos dedos que se machucam com os espinhos. Ah, os espinhos, que são tantos a ferir, e eu vejo e deixo. Deixo, passível, fingindo calma e tranquilidade que na verdade estão bem longe de mim.

Estou tentando correr junto ao tempo, mas ele é veloz e sempre ganha a corrida. Não há chance, mas nessa de fingir, eu finjo que sou capaz, eu finjo auto-controle e, principalmente, finjo algum tipo de esperança que nem devia ter.

Dou algumas risadas para disfarçar, e vou levando.

sábado, 13 de junho de 2009

Entrevistinha.

Eu sei, eu sei. Propaganda demais do outro blog e atenção de menos a esse aqui.
Mas não tenho culpa, o Blog no Fim do Universo vale 40 pontos no semestre em Jornalismo Online.

Confiram uma entrevista bem legal que eu fiz com o Daniel Fernandes, autor do blog Caixa de Vinis. Só clicar aqui!

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Lua pra quem?

Quero correr desse vento gelado que bate em meu rosto e deixa minhas mãos frias que mal se movem. Quero ficar assim mesmo como estou agora, acolhida em meus próprios braços, olhando a lua. Tão bonita.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Palco.

De todas as cadeiras, eu escolhi a mais longe possível para sentar. Não era nada confortável, e havia alguém usando chapéu de palha bem na minha frente. Eu não poderia jamais enxergar qualquer coisa, e também não queria. Estava ali só para dizer que estive e nada mais.

Porém todas as palavras bonitas que saíram quase vomitadas daquele palco me fizeram mudar de idéia, mas eis que era tarde. Eu devia estar na primeira fileira, olhando bem nos seus olhos, em vez de deixá-los vagando pelo espaço lotado sem minha presença. Quis ser orgulhosa e fingir não me importar, mas o arrependimento depois foi maior e doloroso.

Teria algum direito de ir correndo até você, mesmo quando deveria me esconder ainda mais debaixo dessa vergonha? Um abraço, e nada mais. É tudo o que quis fazer.

A ironia é que eu não consigo fingir mágoa, e qualquer frase mais enfeitada eu já me derreto e desculpo.

Então corri.

sábado, 30 de maio de 2009

De novo, sempre.

Quero sentir falta do que ainda não aconteceu. Das palavras que não ouvi, dos clichês não inventados, dos cafés que não tomei. Eu quero sentir falta dos bombons que ainda não ganhei, dos beijos que não dei, e das cartas que não recebi nem escrevi.

Quero sentir falta de tudo de bom que ainda não veio para a minha vida, e não sentir falta do que já foi. Eu quero um dia ser capaz de superar a falta que já senti. Eu não a sinto mais, fato. Mas sempre que te vejo eu lembro que senti, e isso dói mais do que se eu estivesse sentindo ainda.

Porque lembrar que já senti sua falta é o mesmo que lembrar o quanto eu acreditei em algo que se transformou no vazio, muito mais do que um namoro que não deu certo. É a incompreensão que ainda bate a minha porta, mesmo dois anos depois. Dois anos. E eu ainda desviando meus caminhos para não te encontrar nunca, sem adiantar.

Eu estou cansada, mas pelo visto não há remédio. Talvez seja aquela mágoa eterna, que todo mundo tem um dia e carrega para o resto da vida.


[ não deixem de visitar o Blog no Fim do Universo ]

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Atropelamento.

Suave alma, macia
Hoje a borboleta em mim voou
O que posso entender disso?
Acho que o amor me chutou

Nas horas corridas
Noite faminta, nunca alimentada
A borboleta me atropelou, voraz
E até agora estou caída, mutilada

sábado, 23 de maio de 2009

dentro da noite veloz

tudo passa tão depressa e o amanhã já é quase ontem
as mudanças são constantes, tudo muda o tempo todo
tudo muda, o velho e o novo
eu deixo os pontos de lado, pois o tempo não pára

que nem esse coração batendo atordoado

quinta-feira, 14 de maio de 2009

pela janela do carro

Tão bom voltar da faculdade no banco do carona no carro do pai, ouvindo Joss Stone e olhando pela janela a vida correndo lá fora.
Era algo que eu precisava dizer.
E disse.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Outras galáxias

Venho por meio deste humilde blog convidá-los a conhecer o mais novo espaço que compartilho na internet: O Blog no Fim do Universo.

O Garota do Casaco Verde está acabando? Lógico que não (apesar da minha vontade de deletá-lo sometimes). Esse novo blog é um projeto para a disciplina de Teorias e Práticas de Jornalismo Eletrônico - Online (pra quem não sabe eu estudo Jornalismo). Nele não vou escrever nunca e jamais sobre minha vida, apenas sobre temas que eu considero legais e, se possível, de uma forma descontraída - ou não.

O Blog no Fim do Universo está no wordpress, que é meio chatinho de mexer e coisa e tal, mas eu preciso utilizá-lo (aprender é sempre bom). Então, conto com a visita de vocês ok? Visita, comentários e se puderem linkar também, agradeço. No fim do período, se eu tirar nota boa, eu aviso vocês hahahah.

Obrigada, e em breve eu posto aqui decentemente, agora meu tempo está tipo 10x mais curto. :/

terça-feira, 28 de abril de 2009

Pulsa.

O coração é uma coisa engraçada de se analisar. É algo que representa sentimentos bonitos e tudo o mais, mas na realidade ele é tão feio. É estranho. Tive essa impressão na primeira vez que estudei o corpo humano, e até hoje eu sinto meio que nojo desse órgão vital.

Quando meu pai infartou, eu senti medo. Eu via todos aqueles exames e raio x, e sentia mais nojo ainda. Mas dessa vez eu tinha medo, e respeito. Outra coisa engraçada: o medo da morte, muitas vezes, nos faz sentir respeito. No caso, eu senti pelo coração.

Coração, que é tão feio e molengo, mas faz você viver. Viver! E sentir. E... amar? Sei lá. Eu sei que passei muito tempo desprezando-o, ignorando-o. Mas agora, algo estranho está acontecendo. Ele bate com tanta vontade que às vezes penso que vai sair de dentro de mim. Penso até que as pessoas percebem quando ele bate desse jeito.

Eu sinceramente espero que isso não aconteça com meu pai, acho que ele não ia aguentar.

domingo, 19 de abril de 2009

Instantâneo.

Então era assim que ia ser? Sentiu o gosto da cafeína na língua e seu cérebro instantaneamente raciocinou veloz. Todas aquelas conversas baratas não tinham mais sentido. Era assim mesmo que ia ser.

Levantou da cadeira e nem se preocupou em pegar o casaco que nela repousava. Podia conviver com o fato de deixar um pedaço para trás - tanto físico quanto emocional. Deu sinal para qualquer táxi e pediu para ir a qualquer lugar. Qualquer coisa. Podia conviver com o novo e inesperado também.

Só não queria mais o passado, que ficou gritando "Volta!" enquanto ela seguia em frente.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Dose de otimismo.

Eu tenho uma amiga que é a pessoa mais otimista do mundo. Ela me disse que as pessoas perdem muito tempo com coisas que não as fazem felizes e acabam não aproveitando a vida - que pode ser curta (o que talvez aconteça comigo, devido à data de nascimento, ao Cazuza e ao Heath Ledger). Eu fiquei com isso na minha cabeça.

Estava sentada na escada, olhando a chuva pingando no chão e ouvindo The Killers no mp4 e comecei a fazer uma lista mental das coisas que me deixavam feliz e as coisas que me deixavam triste. Me deprimi com o resultado.

Mas o que eu quero dizer é que minha amiga está completamente certa, o problema está comigo - e com as outras pessoas. Eu só preciso arrumar um jeito de fazer as coisas que me deixam feliz serem maioria na minha vida. Porém ainda não sei como.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Ele não está tão afim de você.

Cena de Ele não está tão afim de você.

Coisa de garota: assistir à esse filme e prometer para si mesma nunca agir como a personagem Gigi. Aí, depois da sessão, você não só promete não agir daquela forma, como também não fazer as coisas que já fez um dia, tais como: se apaixonar perdidamente, esperar por um cara legal, ir atrás de alguém, se declarar, essas coisas que fazem a gente se sentir uma completa idiota. Mais idiota ainda quando você descobre que a pessoa de quem gosta não está tão afim de você.

A verdade é que a gente se preocupa demais com tudo isso, e esquece de viver, esquece de deixar o coração bater e sentir isso. A Gigi se deu bem no final do filme (desculpem, contei!). E eu já namorei por 2 anos um garoto que, no começo, não era nem um pouco afim de mim.

Fica a dica.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

A poetisa com cara de bailarina.


Ei, me faça um poema, me cria uma rima
Porque é só você, menina
Que pode acabar com essa dor

É tanta doçura igual chocolate
Mil vezes melhor que chá mate
Como pode transbordar tanto amor

Então vai e compra uma passagem
Faça essa viagem
E venha logo me ver, porque uma amizade assim vale mais do que qualquer verso que eu tente (e não saiba) escrever.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Parece eu.

Segue abaixo um texto que não é de minha autoria, mas é como seu eu quisesse ter escrito isso. A pedido de Renan Marques, amigo cabeçudo.


Qual o problema com o velho, o antigo, o retrógrado?

As pessoas tendem a preferir a novidade, o lançamento, algo que tem um gosto de futuro, de novo, de "mágico". Em suma, o devir.

Essa é uma fantasia que pode ser saudável, mas também perigosa: há um quê de idealismo ao se projetar para o futuro com tamanha liberdade. Exigir que um sonho seja vivido, sem considerar as chances que ele tenha de se concretizar um dia. A famosa expressão de "se perder em uma ilusão". Quem já experimentou a sensação sabe que o resultado é certo e rápido...

Outro ponto importante: o novo pode não ser tão bom quanto o antigo. O frisson da vanguarda supera momentaneamente a chatice do passado. Incauta criatura! Não se esqueça que o passado é mais seguro do que o futuro (aquilo que escorrega entre nossas mãos!) e, como diz a Bíblia, "o futuro a Deus pertence".

Além disso, se encontram mais novidades no passado do que se espera. Quero absorver o máximo da experiência do ser humano nesse planetinha chamado Terra. Saber onde posso chegar e para onde posso me lançar. "Tudo que o homem é o homem foi", disse certa vez o Collingwood. É uma máxima simples, mas poderosa.

Não sou um passadista, não se engane! Apenas quero uma realidade "real", pessoas que não se lancem à vida com sonhos irrealizáveis, que idealizam a existência humana de uma forma que considero pessoalmente errada. Alguns não percebem que seus sonhos estão mais próximos a fadas e unicórnios do que a eles se mostra.

Assim, cabem duas possibilidades: 1) o sonhar com limites, 2) o sonhar sem alimentar esperanças, sem se ludibriar, com pouco ou nenhum envolvimento. Quem conseguir a segunda opção, por favor, me ensine. Por enquanto eu ficarei com a primeira.

Por Renan Marques.

domingo, 5 de abril de 2009

21

Estou me sentindo cansada. Sinto um peso incomum nos ombros, mesmo quando a mochila repousa no chão. Pego um livro para ler e rapidamente meus olhos ardem de sono. Tropeço com freqüência pois minhas pernas já não se equilibram como antes. Mas essa das pernas talvez nem seja pela velhice. Sabem como é.

No dia 4 de abril nasceram também Cazuza e Heath Ledger, e ambos morreram cedo. Será que minha vida será tão breve quanto a deles?

Não se preocupem, meu aniversário foi feliz. E eu estou feliz também. Minha mãe fez torta de frango pra mim.

terça-feira, 31 de março de 2009

Prêmio :)

Estou na lista dos ganhadores do prêmio Maratona Investigativa de Ótimos Blogs, realizada pelo blogueiro Felipe Lucchesi.

Estou muito feliz, nem pensei que fosse ganhar não :)

Obrigada Felipe, e obrigada a todo mundo que comenta aqui, com elogios, sugestões, críticas, etc. Penso em deletar esse blog várias vezes, mas graças a vocês isso ainda não aconteceu.

Beijos

(Segue abaixo os selos que vêm com o prêmio)

sexta-feira, 27 de março de 2009

Benefit.

O sol e a chuva estavam juntos naquela manhã, e de sua janela ela via o arco-íris tímido no canto do céu. "Eu gosto de clichês", pensou em voz alta. "Eu sei e não ligo", uma outra voz respondeu. Olhou em volta e não viu ninguém.

"Quem é?", perguntou. Se assustou quando a voz continuou a lhe responder: "Sou o seu melhor amigo, melhor amigo com benefícios".

"Apareça", ela pediu.

"Ainda não", a voz respondeu.

"O que você quer de mim?"

"Conversar. Conversar até cansarmos, conversar sobre tudo. Temos muito em comum, sabia?"

Ela não respondeu. Achou que estava sonhando, ou então agora era médium e ouvia espíritos. A voz continuou, percebendo seu silêncio:

"Não fique assustada por estar tudo tão confuso. No fundo, você me conhece muito bem".

"Conheço?", ela soltou baixinho.

"Sim. E não se surpreenda se eu te amar por tudo que você é, eu não podia evitar. A culpa é sua."

E então ela lembrou. E do lugar de onde vinha a voz surgiu um sorriso.



Baseado na música "Head over feet", de Alanis Morissette.

terça-feira, 17 de março de 2009

O velho e o novo.

Sentia o aroma profundo de café, misturado a um perfume masculino não identificado. Não tinha muito tempo, precisava agilizar. Trocou os lençóis como se adiantasse alguma coisa. Tomou notas mentais.

Estava se perdendo, e hoje até chorou. Um misto de dúvidas e desespero, e pensou que podiam vender café com álcool, só para variar. Como se também fosse resolver. Chorou porque viu, chorou porque sentiu novamente. Chorou porque percebeu que já se passaram dois anos, e ela ainda se pergunta o que fazer. Sensação de tempo perdido, de atitudes em vão.

Uma onda crescente de desânimo tomou-lhe conta, e só restou dormir... talvez acordasse melhor. Há sempre uma possibilidade de se reciclar.

segunda-feira, 9 de março de 2009

E daí?

Cena de De repente 30

E daí que ele tem tudo a ver comigo? E daí que ele ouve as mesmas músicas, gosta das mesmas bandas e é tão inteligente e engraçado que tenho vontade de conversar o tempo inteiro?

E daí que ele assiste às mesmas séries, torce para o mesmo time e tem tantas outras coisas em comum, que me faz acreditar que talvez um dia esse lance de destino exista mesmo?

Daí que nada disso importa muito, porque na verdade eu deixei de acreditar há muito tempo que só porque uma pessoa combina com a outra, elas talvez fiquem juntas. Daí que o trauma, antigo já, não me permite tirar a prova de que nem sempre a decepção é o resultado final.

Por isso, eu deixo de tentar. Vou levando.


Em 11/03, às 00:41

"Sorte de hoje: Tentar e errar, mas não desistir de tentar"

So ironic, né Alanis?

sexta-feira, 6 de março de 2009

Quem quer ganhar um Oscar?

Cena de Quem quer ser um milionário?

Vencedor de 8 Oscars (melhor filme, melhor diretor, melhor roteiro adaptado, melhor edição, melhor fotografia, melhor trilha sonora, melhor canção original e melhor som), Quem quer ser um milionário? me surpreendeu.

Assistindo à premiação, fiquei me perguntando porque o longa venceu para melhor filme. Eu sinceramente apostava em O curioso caso de Benjamin Button, ou ainda O Leitor. E quarta-feira, no cinema, eu soube o porquê, apesar de não concordar. O filme mostra uma ótima edição, fotografia em grande nível e um roteiro que prende do início ao fim e levanta diversos questionamentos. Porém, eu ainda acho a fotografia e a direção de
O curioso caso de Benjamin Button superiores, merecendo mais o Oscar de melhor filme.

Mas
Quem quer ser um milionário? vale a pena ser visto, mesmo que o ingresso para o cinema esteja tão caro. Emociona e diverte ao mesmo tempo. E se ganhou o Oscar, apesar de eu discordar, foi merecido. Não é sempre que um filme com orçamento de apenas R$15 milhões sai vencedor.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Dexter: vilão ou herói?



Nunca gostei de sangue, sempre chorei litros por não conseguir encarar meus próprios machucados. E é por isso que nunca quis ser médica - apesar do meu pai achar que seria muito melhor ser médica do que jornalista.

E talvez, por algum desvio psicológico grave - ou nem tanto - eu adoro séries e filmes assim. Não estou falando de terror, vejam bem. Não me dou bem com terror. Mesmo. Mas suspenses dos bons, policiais, investigação, e seriados médicos, me atraem. E o último deles foi Dexter, cujo trailler da primeira temporada está acima.

Dexter é um perito criminal em Miami, especialista em... sangue. Filho adotivo de um policial, namora uma moça chamada Rita, mãe de dois filhos. Tudo muito normal, se ele não fosse um serial killer. Dexter, desde pequeno, mostrou possuir impulso para matar, e o faz com aqueles que "merecem morrer", por assim dizer. Ou seja, mata os assassinos que a polícia não consegue prender.

Seria Dexter um vilão, pelo simples ato de matar, ou seria um herói, visto que sua matança faz um grande bem à sociedade? Deixei explícita minha opinião, porém assisti apenas ao primeiro episódio até agora, e não sei ainda quais surpresas a série pode trazer. Mas espero sinceramente que Dexter não mate ninguém inocente, para que eu possa assistir até 4ª temporada.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Vento que passou.

Eu fico por aí, andando sem um rumo, porque eu não sei exatamente o que minhas pernas querem de mim. Sentindo esse cheiro de fim de carnaval, odor de álcool no ar que enchem meus pulmões me embriagando. Eu tropeço algumas vezes, mas já estou acostumada. Só não me deixo cair mais.

Venho procurando em muitos rostos e corpos você, o que é um erro. Eu não devia projetar o passado por inteiro no que pode ser o meu futuro. Mas caio sempre na armadilha que eu mesma armei. Tento disfarçar e fingir que não lembro através de sarcasmo, mas não adianta. A ironia não me pertence.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Resolução (ou revolução?) de Ano Novo

Fiz uma resolução de ano novo meio tardia dessa vez, e mais do que necessária: ter hábitos mais saudáveis.

Isso implica em:
  • Dormir cedo (isso quer dizer, antes das 2h da manhã), ou tentar fazer pelo menos 6h de sono por noite.
  • Emagrecer 6kg, que envolve: tomar menos refrigerante, beber mais água, comer menos biscoito recheado, comer menos definitivamente, ingerir mais frutas e caminhar/malhar.
  • Passar menos tempo, em dias de folga, em frente à TV assistindo seriados e comendo besteira.
Garanto apenas a última, mas vou tentar. Juro.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Carnaval é sempre igual.

Não, não vou falar sobre a folia que toma conta do país durante esses dias. Vou falar sobre a minha folia.

Assistir às minhas séries preferidas; assistir aos filmes que estão naquela lista de espera há tempos; terminar de ler o livro que atualmente ocupa a cabeceira da minha cama; ir ao cinema (em caso de sobrar alguma companhia por aqui); dormir pelo menos 10h por dia.

Isso é o que eu sempre faço durante o feriado de carnaval. Primeiro porque eu nunca tenho dinheiro suficiente para viajar a algum lugar bacana. E segundo, eu não suporto trio elétrico, axé, samba e todas essas coisas que envolvem o carnaval. Então, fico em casa, fazendo as coisas que gosto e que geralmente não tenho tempo para fazer (nem nas férias).

Não que vocês tenham algo com isso. Mas eu precisava atualizar o blog. :P

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Sim, Brad Pitt é um bom ator.

Pitt em cena de Queime Depois de Ler.

Já prevendo os inúmeros protestos que se seguirão nos comentários, defenderei que sim, Brad Pitt é um bom ator. E eu tive essa constatação no último filme ao qual assisti no cinema: Queime Depois de Ler.

Brad Pitt está, esse ano, concorrendo ao Oscar de melhor ator por O Curioso Caso de Benjamin Button, mas acredito que sua atuação está bem melhor na comédia Queime Depois de Ler. Um ator pode ser ótimo em diversos dramas, mas quando se dá um papel em um gênero diferente é que podemos ver o quanto ele realmente pode se superar. No longa dos irmãos Coen (os mesmos do vencedor do Oscar Onde Os Fracos Não Têm Vez), Pitt interpreta Chad Feldheimer, um personal trainer atrapalhado que tenta se dar bem ao achar um CD com arquivos confidenciais da CIA.

O ator deu ao personagem características únicas e impagáveis. Se você está acostumado a ver um Brad Pitt gostosão e charmoso, encontra nesse filme um personagem boboca, patético, mas super engraçado, que anda de bicicleta e tem um corte de cabelo ridículo. Diferente do tom irônico, mas também engraçado, de Rusty Ryan
de Onze Homens e Um Segredo (e suas continuações), Chad Feldheimer arranca risadas justamente por ser o oposto: de pouca inteligência, com atitudes bobas como se fosse um garoto de 12 anos.

Eu não duvidava antes da capacidade de representar de Brad Pitt, foram inúmeros os filmes em que gostei de sua atuação. Mas realmente, Queime Depois de Ler foi memorável.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Benjamin Button não surpreende.

Calma. Antes que os fãs de O Curioso Caso de Benjamin Button se revoltem: eu não achei ruim. Na verdade, eu achei o longa muito bom. Conseguiu me emocionar, transmitiu uma mensagem. Reuniu atores de ótima atuação, e que se superaram na interpretação.

Porém, tudo o que vi em Benjamin Button eu já havia visto em outros filmes. A direção impecável de David Fincher não é um caso à parte na história cinematográfica, e eu poderia citar pelo menos cinco filmes da última década com direção comparável à dele. A narrativa envolvente e a fotografia perfeita também não são um marco no cinema.

É claro que todos esses elementos fazem a história ser imperdível e merecedora das 13 indicações ao Oscar. Mas isso não quer dizer que o longa deva sair vencedor em todas elas. E isso não será de forma nenhuma injustiça (pelo menos não dessa vez).

O Curioso Caso de Benjamin Button é uma obra-prima, mas não surpreende. Mas vale à pena (e muito) as quase três horas em frente ao telão.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Coisa de poeta.

Leia no Batata Quente:

história de um poeta de rua, que após conquistar uma linda moça, se envolve com ela.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Validade.

Nada dura para sempre. Eu deveria saber isso desde o primeiro instante, quando vi. Nada dura para sempre, e se você pensar, não dura muito também. Se durar, talvez seja uma mentira - que, então, eu conto sempre.

Eu aprendi a escrever algumas palavras bonitas que é para sufocar a ânsia de te ver. Na esperança de que no fim, nada faça sentido e não doa tanto, visto que é tão previsível. Tarde demais já não cola mais, a verdade é curta e grossa: nada dura para sempre.

Nada que eu fizer será suficiente.


*Baseado no filme O Curioso Caso de Benjamin Button.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

My best friend is here!

Não, não é minha melhor amiga real - que por acaso está nos Estados Unidos. É a minha melhor amiga que encanta meus ouvidos e me dá os melhores conselhos quando não há ninguém para dá-los. Estou falando de Alanis Morissette.

Alanis: a melhor.

Alanis está no Brasil para uma série de shows, incluindo algumas cidades do Nordeste, Festival de Verão de Salvador, Belo Horizonte e até Manaus. MENOS Espírito Santo. É claro que eu bem que podia ir no show de Belo Horizonte, que nem é tão longe... podia né. Claro que estou deprimida, inconformada e tudo o mais. Alanis está tão próxima... e eu nem irei vê-la. Nem gritarei seu nome na platéia, cantarei todas as suas músicas ou chorarei de emoção vendo sua performance digna de minhas lágrimas.

Alanis: eu pegava.

Alanis, companheira de fossas, de felicidades, de dias de limpeza, de horas de estudo, de inspiração. Autora das melhore músicas ever.

O jeito é me contentar com alguma coisa que passe na TV.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

It's what you do to me.

É engraçado ouvir o barulho da chuva repentinamente, quando tudo parecia tão quieto e silencioso. As pequenas memórias que algumas gotas de chuva trazem. Contando, ninguém acreditaria.

Seria melhor que fizesse sol sempre, que o calor fritasse meu cérebro e eu ficasse sem pensar por uns tempos. Eu tenha essa mania de sofrer sem necessidade e por antecipação, e fico digitando coisas que apago com freqüência.

Mas talvez é assim que deve ser mesmo.

sábado, 24 de janeiro de 2009

1 coisa que descobri sobre eu (mim?) mesma HOJE.

Eu tenho sérios problemas de memória.

Campeã de esquecimento: sombrinha. Em qualquer lugar.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

5 coisas que descobri sobre eu (mim?) mesma neste mês.

Ontem eu levei um tombo feio da escada, quando cheguei em casa. Acho que vai ficar um roxo na coxa esquerda, para variar. E, para variar também, o ar condicionado do ônibus e da sala de inglês, em ação conjunta e maquiavélica, fizeram minha gargantar doer loucamente. Foi então que cheguei à conclusão sobre...

... 5 coisas que descobri sobre eu (mim?) mesma neste mês:

1)Eu vou me machucar sempre. Eu nunca terei uma coordenação motora melhor do que tenho hoje. Eu jamais conseguirei ficar um dia sem tropeçar ou esbarrar nos móveis, ou prender o dedo nas janelas e gavetas, e até mesmo bater a cara nas placas de trânsito que ficam nas calçadas (o que eu acho um absurdo). Fato.

2)Eu odeio minha garganta. Eu simplesmente não posso ficar muito tempo em ar condicionado, ou tomar muito sorvete (o que é incontrolável, convenhamos), que ela vai doer, inflamar, o escambau.

3)Acho que depois de me formar em Jornalismo, vou fazer Letras Inglês para dar aula de... inglês ¬¬.

4)Não sei paquerar. Vi uma comunidade com esse nome, e apesar de ser um termo "antigo", ele é totalmente válido. Eu simplesmente não sei paquerar, flertar, seduzir, seja lá o que for. Eu simplesmente jamais ficarei com alguém desconhecido, é impossível. Nossa, eu sou tão incapaz.

5)Eu sou tão incapaz. De tantas coisas. É melhor nem relatar, porque senão eu vou acabar descobrindo mais 5 coisas que eu nem fazia idéia.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Selos

Bom, apesar de agradecer muito os selos que este blog ganha, tenho relutado em postá-los - não sei porque.

Vou postar alguns que recebi essa semana, para me sentir menos culpada.

O primeiro veio do Damn (e, anteriormente, da Aline, da Bia e de outras pessoas que não lembro porque já faz tempo).






Este eu passo para a Lari Bernardi;







Este veio da Thiara, e eu repasso para a Bruna.




Estes dois últimos veio da Boozy, e repasso os dois para a Yaas e a .












Ufa, isso é tudo por agora.
Beijos.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Aviso:

Gostaria de avisar aos meus leitores, muito queridos por sinal, que este blog não tem a mínima intenção de tão cedo seguir as novas regras gramaticais da língua portuguesa.

Primeiramente, porque elas são ridículas. E segundo, porque eu não estou afim de aprendê-las.
Tá, eu faço Jornalismo e isso será necessário mais dia menos dia.

Mas agora não. Por favor.
Eu morro só de pensar em escrever conseqüência sem ¨.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Complexo.

Cena de O Sorriso de Mona Lisa

Em alguns momentos é tão fácil sentir-se feliz. Apenas sentada agora, na minha cama, enquanto a lua, enorme e brilhante, ilumina meu quarto através da janela aberta, eu posso pensar em algo parecido com felicidade. É tão fácil, desse jeito.

Mas então você acorda e pensa que aquilo foi só um sonho. E todo o mundo real vem à tona, e é difícil perceber uma brecha para se lembrar da lua, da alegria, e essas coisas que fazem sorrir.

Sorrir. Eu acho que ou tenho sérios problemas com mudança de humor, ou isso é algo normal para todo mundo? Parar de sorrir do nada. Eu só sei que não esperava ouvir o nome dele novamente. Mas é incrível que quanto mais o passado esteja enterrado, mais vivo ele parece de repente. Eu gastei muito tempo cavando um buraco fundo na memória, esquecendo de tudo, inclusive do nome. Eu gastei tempo suficiente já, deletando, excluindo, deixando de ouvir músicas e evitando olhar para os lados. Fingi ser mais cega do que sou na realidade, para ter uma desculpa para uma culpa que não era minha.

Tem muito tempo já que não o vejo, mas ainda assim a menção do seu nome faz uma dor muito profunda surgir, e eu simplesmente não consigo controlar. Às vezes acho que é uma ferida incurável, não importa quantos sentimentos bons e vivos existam dentro de mim no momento. Para amenizar um pouco, eu olho pela janela, e deixo a lua me dizer algumas verdades boas.

Alguns nomes jamais deveriam ser ditos novamente.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Milhas.

Acho que me dou bem com distâncias. Eu nunca acreditei que seria possível, e sempre duvidava de quem sobrevivia aos quilômetros infinitos de separação. Mas então passei no teste, e adivinha só, eu sou mesmo uma pessoa sem opinião, só pode ser.

Por mais longe que Londres possa ser, eu sinto que está sempre aqui. Eu ainda lembro de anos atrás, e sempre que chove, eu acompanho o ritmo da água pingando no chão, como se estivesse ao meu lado. Não posso evitar, e você sabe disso. Não sabe?

Nunca foi oficial, nunca foi assumido, nunca durou mais que um mês - o máximo de tempo que você passa aqui, agora. Porém, eu guardo, e você também. Porque quando eu visto a camiseta surrada de banda e vou te encontrar, naquele aeroporto que mal cabe os nossos sonhos, tudo parece igual como se você nunca tivesse ido.

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

100.

Este é o centésimo post desse blog, e o primeiro de 2009. Nem desejei feliz ano novo, muito menos fiz retrospectiva - algumas coisas não merecem ser lembradas.

Apenas ando vivendo alguns bons momentos e quero guardá-los, sem fazer alarde. Talvez eu tenha aprendido a ser discreta, ou seja uma boa mentirosa.

2009 provavelmente será melhor que 2008, que por sua vez não foi nem de longe melhor que 2007.

Eu quero ser feliz e mais nada.