sábado, 25 de julho de 2009

Tarde de sábado.

Digitou algumas palavras soltas, esperando que talvez elas fizessem algum sentido. No fundo, não sabia o que escrever. A xícara de café já estava vazia, e o lábio cortado por um pedaço de casca de pão francês latejava. Não importa, ela não usaria seus lábios tão cedo.

Não queria saber de mais nada, apenas criar uma história. Mesmo que não tivesse um começo ou um fim. Qualquer coisa que a fizesse pensar numa realidade que não fosse a sua. Fuga. É confortável pensar numa vida que não é a sua - ou pode até ser a sua, mas irreal. Entendem?

De repente uma luz veio, algo que deve ser comum entre os escritores. Não que ela fosse uma escritora, longe disso. Bem longe disso. Mas já que era para ter uma realidade paralela, que ela fosse uma escritora então. E seus dedos digitavam cada vez mais rápido, e a história sem sentido, sem começo e sem fim tomava conta da tela.

Parou. Seu estômago doía pela falta de alimento consistente. Não é saudável tomar café durante uma tarde inteira sem comer nada - o pão francês não contava. Ao fundo, misturado ao silêncio, ouvia a voz firme e a melodia marcante de Alanis Morissette. Acho que sou feliz, pensou. Mas não tinha certeza, como sempre.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Fail.

Eu sonhei uma coisa muito boa. Mas acordei passando mal, doente.

Conclusão: vai ficar só no sonho mesmo.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Falling.

Tudo o que eu quero, e peço, é apenas um abraço. Ô meu bem, vê se não demora, que o cansaço tá chegando, estou a ponto de pedir e dizer chega! Já, já desisto.

No ritmo em que o café transborda pela caneca amarela de sempre, eu vou deixando meu coração bater até ele cansar, cansar, e mudar a direção.

Tanto, tanto, tanto. E não precisa fazer sentido, nem pra mim, nem pra você.

É que existe e eu não evito.