segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Moving on.

Cena de Felicity.

Eu olhei para o relógio do computador rapidamente, enquanto meus dedos ainda cuspiam as palavras que, no fundo, eu nem queria dizer. Ouvi o barulho do último ônibus parando logo em frente, e corri para a janela, pensando que talvez eu não fosse louca por esperar.

Mas eu era. Eu era louca de não entender que as coisas não são resolvidas assim, e é claro que eu não veria você descer daquele ônibus e entrar por aquele portão. Não sei onde estava com a cabeça, mas é que me acostumei a ser perdida, e não a perder. Me acostumei a ouvir os pedidos de desculpas, e a perdoar os vacilos alheios. Mas agora, eu sou a culpada. E simplesmente não sei lidar com isso.

Talvez seja melhor apertar delete, deitar e dormir, mesmo que as pálpebras insistam em não fechar.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

García Márquez

Bom, é Natal. E eu ainda não tenho muito o que dizer, apesar de a data ser especial. Vou sair com minha família daqui a pouco, o que é muito raro de acontecer. Então, para um post rápido, vai mais um meme passado pela Yaas:

Regras:

1- Agarrar o livro mais próximo

2- Abrir na página 161;

3- Procurar a quinta frase completa;

4- Colocar a frase no blog;

5- Não escolher a melhor frase, nem o melhor livro! Utilizar mesmo o livro que estiver mais próximo;

6- Passar para cinco pessoas!


Livro: Do Amor e Outros Demônios - Gabriel García Márquez

5ª frase da pág. 161: "Viu a estranha mulher transfigurada pelo roupão de seda, e também pensou que se tratava de um fantasma, porque estava pálida e sinistra, e parecia vir de muito longe."

Repasso o meme para todos que estão se sentindo estranhamente felizes hoje.
E recomendo o livro, lógico.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Aleatório.

Meme passado pela Yaas, que eu peguei porque ando sem histórias para contar.

As 6 regras do meme são:
1 - Linkar a pessoa que te indicou.
2 - Escrever as regras do meme em seu blog.
3 - Contar 6 coisas aleatórias sobre você.
4 - Indique mais 6 pessoas e coloque os links no final do post.
5 - Deixar a pessoa saber que você a indicou, deixando um comentário para ela.
6 - Deixar os indicados saberem quando você publicar seu post.


6 coisas aleatórias sobre mim

1) Durmo com uma ovelha de pelúcia há 10 anos.
2) Tenho TOC (transtorno obsessivo compulsivo).
3) Eu sou tia há 1 ano e meio.
4) Tenho o costume de guardar raiva e ressentimento, até acumular tudo e eu ficar que nem idiota chorando no quarto.
5) Sou míope.
6) Tenho medo do escuro.


Repasso o meme pra quem também estiver sem histórias para contar, como eu.
:)

domingo, 21 de dezembro de 2008

A febre Crepúsculo.

Eu sei que milhares de blogs devem falar da mesma coisa no momento: o quanto Crepúsculo, seja o livro ou o filme, é maravilhoso. De fato, é. Eu li o livro em dois dias e assisti ao filme na estréia. Mas o que quero comentar não é o óbvio, e sim o que reparei quando fui ao cinema. Eu nunca tinha visto um cinema tão lotado, com pessoas no chão, e tantos gritos histéricos, como em 2003 quando assisti à Homem-Aranha. Nem em nenhum Harry Potter eu vi isso (estou comparando a histeria no cinema, e não os livros, até porque são incomparáveis e eu sou fã de HP).

Talvez porque o Edward seja lindo mesmo. E tão perfeito que nenhum outro personagem se compara à ele nesse quesito (convenhamos: Potter é depressivo e Parker é emo). Só sei que eu deixei o que resta do meu lado adolescente tomar conta na sexta. Fiquei com cara de boba olhando para a tela gigante, comparando cada pedacinho do filme com o livro, reclamando quando alguma coisa era mudada, e suspirando sempre que Edward aparecia.

Fala sério.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Constatação [2].

Sabe, a vida é realmente uma caixinha de surpresas, ou então eu mesma sou. Porque às vezes, quando se tem mais certeza de uma coisa, é que desistimos dela. E foi o que fiz.
Graças a um buddypoke.

Acredite se quiser.

Ps.: Alanis estava errada.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Porque Quantum Of Solace lotou os cinemas?

Ok, é certo que o novo 007 - Quantum of Solace, lançado em novembro, não agradou tanto quanto o anterior, Casino Royale, de 2006. O primeiro 007 com Daniel Craig, na minha opinião, é o melhor de todos (tudo bem que eu só assisti os com o Pierce Brosnan). Casino Royale mostrou um agente mais violento, mais emotivo, e mais... apaixonado. Mostrou um lado mais humano de James Bond, que deixou de ser apenas um robô atraente e pegador do serviço secreto britânico. E, claro, o corpo escultural sem pêlos, e os olhos azuis, e tudo o mais de Daniel Craig, ajudaram bastante.

Quantum of Solace não tem tantas cenas sensuais, a história é mais complicada de entender (como é continuação de Casino Royale, muitos não gostaram por não tê-lo assistido antes) e Bond não está tão sarcástico como de costume. Está mais sombrio, ainda mais violento, e melancólico, por causa de Vésper, personagem de Eva Green em Casino Roayle. Também não possui tantas cenas marcantes, como a do chuveiro e da tortura, e a música tema, interpretada por Jack White e Alicia Keys, nem se compara à "You know my name", de Chris Cornell. Mas mesmo assim, Quantum of Solace lotou os cinemas.

Cena do chuveiro, em Casino Royale.

Isso é reflexo de que Daniel Craig agradou como James Bond, e eu arrisco dizer que ele é o melhor de todos os tempos (mesmo que eu não tenha assistido os mais antigos). O enredo de Casino Royale também ajudou, fazendo com que os fãs do filme fossem assistir à continuação. Quantum of Solace, mesmo sendo inferior à Casino, prende a atenção, e não peca como um bom filme de ação.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

(Nem) Tudo novo.

Minha mãe me colocou contra a parede: ou eu arrumava meu guarda-roupa ou então eu não ganharia roupas novas no Natal (nem comento que tenho 20 anos e nenhuma renda própria para comprar minhas próprias roupas). Lá fui eu então, movida pelo desejo do consumo, e coloquei Coldplay para dar uma animada (ironic mode on). Mal esperava que arrumar o guarda-roupa seria tão melancólico quanto apagar scraps no orkut.

Sim, e até mais, talvez. Quando apaguei todos os meus scraps, no início do ano, eu acompanhei toda uma vida durante quatro anos. Lá tinha TUDO. E no guarda-roupa tinha coisas de tipo, SEIS ANOS atrás, e mais. Achei uma caixinha de tralhas velhas, que eu joguei lá porque não tinha onde guardar mais. Resolvi abrir, e achei dois diários, ambos com apenas duas páginas rabiscadas. Um de quando eu tinha 8 anos, e outro de quando eu tinha 10. Muito bizarro. Mesmo. Além disso, na caixinha de bijuterias não-usáveis, achei pulseirinhas que ganhei de presente, e umas que eu mesma fazia. Eu simplesmente não lembrava que eu fazia pulseirinhas.

Caramba, achei também um caderno de perguntas (HAHAHA quem nunca fez??) da oitava série. Achei engraçada a pergunta "O que você pretende ser quando crescer?". Eu respondi jornalista, uma amiga respondeu ortodentista, e minha melhor amiga respondeu não sei. Hoje eu faço jornalismo, óbvio. Mas aquela amiga faz ENGENHARIA e minha melhor amiga faz Letras Inglês. Bizarro.

Achei engraçado também quando fui arrumar as roupas. Aquelas blusas e shorts tamanho 36 que eu ainda não tinha dado. Foi triste me desfazer (e Coldplay tocando não ajudou nem um pouco). Percebi como tinha uma época em que eu só comprava roupas pretas, e minha mãe sempre dizia "vai chegar um dia que você vai vestir um pouco de cor". Nesse dia eu percebi que ela estava certa, quando vi que estava doando metade das roupas pretas, e o que tinha sobrado nos cabides era bem colorido. Tem até rosa. E eu sempre odiei rosa.

Depois de chorar um pouco achando outras coisas e outras lembranças impregnadas ali, depois de jogar fora e dar tudo, coloquei uma musiquinha animada (não conto o quê) e terminei de arrumar. Agora, finalmente, tenho roupinhas novas.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Big.

A Camila Bellon.

Um jeito brutamontes de ser, às vezes, esconde uma pessoa tão doce que chega a derreter. Tamanho não é documento, mas eu posso dizer que ter uma amiga com mais de 1,80 faz eu meu sentir tão protegida. Não só porque ela pode socar facilmente as pessoas, mas porque seu coração é proporcional ao seu tamanho, onde me cabe direitinho. Tenho espaço suficiente por lá, pra sorrir até o canto da boca rasgar, ou chorar até alagar.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

It's like rain... [2]

Tenho um negocinho da Fricote de pendurar na parede que ganhei de aniversário uma vez, não sei o nome, mas ele tem palavras muito bonitas. Fica pendurado na porta do meu guarda-roupa, e toda vez que me sinto fraca diante de alguma situação, eu olho para ele e por um momento me sinto capaz de pelo menos levantar da cama e ir escovar os dentes.

No fim das palavras bonitas, está escrito: Quem faz, pode errar. Quem não fez, já errou. É, pode até ser. Mas parece que se torna uma desculpa para todo erro que se comete, sabe? É como se fosse sempre pensar "Ah, posso errar. Pelo menos estou tentando". Em teoria, até concordo. Mas em prática, para mim, é meio impossível. Não consigo deixar de me sentir culpada por todos os erros que se acumulam ao longo dos anos. Não consigo deixar de me arrepender pelas atitudes e escolhas erradas.

Arrependimento. Acho que nunca vou conhecer pessoa mais arrependida do que eu mesma - e olha que eu acho que me conheço muito pouco. Existe aquele clichê, que se parece com as palavras bonitas ali de cima: Só me arrependo do que não fiz. Ah, quem me dera se fosse só do que não fiz. Quer dizer, talvez a lista de arrependimentos fosse maior. Mas acho que não doeria tanto. Se é que dor é a palavra certa para explicar o que se é.

Quero outro banho de chuva como na sexta-feira.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Reviravolta.

Achei que, depois de anos, nunca mais diria a mesma coisa. Mas a verdade é que não sinto vontade nenhuma de viver, nesse momento, e tudo que eu quero é sumir quando essa chuva for embora. Queria que a chuva me levasse junto.

Porque eu não sei o que fiz de tão errado na minha vida inteira para merecer isso.

Hoje foi o estopim.

Se esse blog aparecer deletado de uma hora para outra, é porque tudo se foi.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Do you miss me?

Estão sentindo minha falta? Estão desesperados por textos novos?

Acessem:
http://msbatataquente.blogspot.com/

Texto meu lá :)

ps.: ando convivendo demais com publicitários.

pps.: caí num buraco hoje.

sábado, 8 de novembro de 2008

Só para não dizer que não postei.

A Talita publicou um meme, e eu me rendi à onda e vou respondê-lo (lê-se: estou ferrada na faculdade e não tenho nada relevante, nem tempo, para postar).

Nome: Darshany
Idade: 20
Local de Nascimento: Vitória - ES
Peso: 59 kg (vou emagrecer, juro)
Altura:1,65 m
Apelido de infância: Shany
Qual é a sua melhor qualidade? Agilidade e esperteza ao ler os emails!
E qual seu maior defeito? Não sei usar Corel
Qual é a característica mais importante em um homem? Que ele seja... homem?
E em uma mulher? Nós não temos características mais importantes, nós já somos totalmente importantes! Yeah
Qual é a sua idéia de felicidade? Ser rica e comprar um corolla pra minha mãe
E o que seria a maior das tragédias? Perder meus pais.
Quem você gostaria de ser se não fosse você mesma? Carrie Bradshaw, absolutely!
E onde gostaria de viver? Manhattan!
Qual é sua cor favorita? Preto
E o seu desenho animado? Padrinhos Mágicos. anime - Cavaleiros do Zodíaco
Quais são os seus escritores preferidos? Não tenho escritores preferidos, e sim livros.
E seus cantores e/ou grupos musicais? Stereophonics, Metallica, Alanis Morissette, Arctic Monkeys, etc.
O que te faz feliz instantaneamente? Mensagens felizes no celular x)
Quais dons você gostaria de possuir? Todos do Clark
Tem medo da morte? Sim. Até porque eu sou constantemente quase atropelada.
Quem é seu personagem de ficção favorito? Jack Sparrow \o/ James Bond \o/
Qual defeito é mais fácil de perdoar? Frescurite aguda
Qual é o lema de sua vida? Minha vida não tem lema... devia ter? oO
Qual sua maior extravagância? Assistir dois filmes seguidos no cinema. Adoro!
Qual sua viagem preferida? Ai carannn, não viajo nunca.
Se pudesse salvar apenas um objeto de um incêndio, qual seria? celular, o que seria inteligente da minha parte, sabe como é... afinal eu poderia pedir socorro, por exemplo.
Qual é o maior amor de sua vida? Meus pais.
Onde e quando foi mais feliz? Aqui agora! hahhaha
Qual é sua ocupação favorita? Não entendi muito bem essa pergunta. Mas se for no sentido que eu estou pensando, eu gosto de me ocupar assistindo minha série preferida (Felicity), comendo passatempo recheado com suco de laranja.
Pensa em ter filhos? Não.
Quantos? oi?
Um animal de estimação: meu passarinho! hihi o nome dele é Billy, e ele está cantando nesse momento.
Uma atividade física: correr para pegar ônibus
Um esporte: basquete
Um prato que sabe fazer: Pão de sal com manteiga na chapa
Uma comida que adora: Inhame ensopado
Uma invenção tecnológica sem a qual não vive: computador, ÓBVIO.
Gasta mais dinheiro com: Xerox ¬¬
Uma inabilidade: Citar só uma é impossível.
O que não faria em nome da vaidade? silicone eca!
Uma mania: dar f5 pra ver se chegou email novo hahaha
Uma saudade: prefiro não mencionar.
O primeiro beijo: quando eu tinha 14, logo depois de eu ganhar uma daquelas figurinhas românticas da bala Frigells. Ai, foi bonitinho!

Repasso o questionário para todos aqueles que estão se ferrando também!
Amém.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

A menina-árvore.

Ela tinha uma vontade enorme de abraçar o mundo. De mudá-lo. De tomá-lo para si e enchê-lo de cuidados. Queria tando deitar na grama verde do jardim e respirar um ar tão puro quanto o seu coração, mas sabia que de vez em quando isso era só mais um sonho antes de se levantar. Antes de se levantar e ver que só havia uma flor amarela em suas mãos, e que só podia cuidar dela, de mais nada. O mundo era demais. Mas a flor não era suficiente.

Quis um dia plantar uma árvore - ainda quer. Talvez assim ela se sinta melhor por não cuidar do mundo inteiro. Plantar uma árvore. Ela vai fazer isso. Nem que pra isso, ela se plante até brotar galhos e folhas. E pequenas flores, também amarelas. Eu não duvido. Ela tem boas sementes. Eu posso ter um casaco verde, mas ela é mais verde do que eu.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Apenas mais um post.

Eu queria tanto cumprir todas as minhas promessas. Reclamo sempre das pessoas que não cumprem, mas eu ando fazendo a mesma coisa. Devo emails, encontros, cafés, cartas, e nunca cumpro o prometido.

Tenho a desculpa da falta de tempo, sim. Porém queria explicar para cada uma dessas pessoas a quem devo cada uma dessas coisas, que isso não quer dizer nem um pouco que elas signifiquem menos para mim. Esse é o meu maior medo, então aqui vai um pedido de desculpas.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Café.

Não que eu fique acordada até tarde por prazer. Não sabendo que há aula 7h da manhã. Tornou-se um vício, desde aqueles tempos nem tão longíquos assim, quando eu me sentava nessa mesma escrivaninha e devorava todas as apostilas do pré-vestibular. Esse vício me é útil às vezes, prejudicial na maioria delas, mas talvez seja melhor assim. Se eu dormir demais, vou viciar em dormir demais, e aí já viu.

Não que eu queira dizer alguma coisa aqui, hoje e agora. É só que o sono realmente me falta, e o episódio 2x17 de Felicity não quer rodar. E acho melhor me manter no escurinho mesmo, em silêncio, pois uma mãe e um pai cansados repousam aqui ao lado, e eu sinceramente não gostaria de acordá-los - apesar de essa mãe ter uma audição daquelas, e sempre acordar com o mínimo ruído dessas teclas que vos digita agora.

Eu estava aqui, pensando no amor do passado, pensando em como os anos passam num piscar de olhos. Pensando que eu deveria pendurar meu quadrinho de fotos, daqueles que você coloca as fotos com ímãs, na parede logo. Também devia colocar alguns pares de meia para lavar, e comprar um marca-textos novo. Além de começar um pequeno roteiro que tive idéia esses dias, e quem sabe um dia, no futuro, eu consiga fazer algo útil - até mesmo um filme! Que pretensão...

Sabe, ando tão cheia de idéias, que tenho medo de elas se embolarem e sumirem todas de uma vez. Queria que meu dia tivesse 48h. Acho que seria a pessoa mais feliz do mundo. Ou talvez continuasse dormindo 3h por dia e, no fim das contas, o dobro de horas não adiantasse nada. Como todo o resto.

Não que vocês tenham que entender alguma coisa.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Cheiro de vó é tudo igual.

Ou quase. Os cheiros das avós estão divididos em avó materna e avó paterna. Exatamente assim. Parece que as maternas possuem um perfume mais requintado, e as paternas têm aquele perfume mais barato, mas igualmente gostoso, que você tem vontade de abraçar e não largar mais.

Eu só tenho minha avó paterna. Quando a vejo, sempre fico pensando quantas vezes mais vou vê-la. Eu a abraço, e se pudesse ficava assim, em seu colo - se ela me agüentasse - sentindo o cheiro do seu perfume barato em seu pescoço. Mas eu sempre tenho que abraçar rápido, por que tem uma fila querendo fazer a mesma coisa. Então eu me sento, esperando o almoço sair, esperando aquela super salada e macarronada que ela faz quando eu vou lá. E depois ela sempre vem me perguntar: "E os namoradinhos Dada?". Eu odeio esse apelido, mas eu deixo minha avó me chamar. Ela pode. "Ai vó...", eu respondo. E ela dá aquela gargalhada gostosa.

Minha avó materna morreu quando eu tinha 10 anos. Ela era minha madrinha, e até hoje eu me lembro do dia que ela se foi. Me lembro de vários momentos com ela, era sempre engraçado. Lembro do batom vermelho que ela usava, das músicas que ouvia. E daquele dia em que eu dormi na casa dela e ela me deixou assistir à Xica da Silva - meu pai não deixava. Eu falei com ela no dia em que morreu. Ela ligou para cá alguns minutos antes, eu atendi. Perguntou como eu estava, como tinha sido o fim de semana. Depois passei o telefone para a minha mãe, e alguns minutos depois a ligação caiu. Minha mãe diz que minha avó estava pedindo desculpas pelos erros do passado, essas coisas. Ela sabia que ia morrer, e eu me sinto feliz por ter tido a oportunidade de escutar sua voz uma última vez.

Desde então eu criei uma paranóia de ficar me perguntando: será que essa é a última vez? Ontem aconteceu de novo. Eu estava na fila da xerox, esperando minha vez de ser atendida. Havia uma senhora do meu lado, muito parecida com minha avó materna. O jeito de se vestir, o batom vermelho, a bolsinha de moedas e... o perfume. Idêntico. Eu fiquei olhando para ela, e me deu uma saudade tão grande, e eu fiquei lembrando da última vez que falei com minha avó. Um pouco mais tarde, quando saí da aula às 22h, percebi que minha mãe ainda não tinha me ligado para saber se estava tudo bem, nem meu pai para combinar de me buscar, ou me pegar no terminal. Deu 22:30h, eu estava no terminal subindo no ônibus que vinha para a minha casa, e nenhum dos dois tinham ligado ainda. A primeira coisa que veio na minha cabeça foi: pronto, meu pai infartou de novo, ou morreu, e minha mãe não teve coragem de me contar. Comecei a chorar, pensando que eu nem tinha visto meu pai durante o dia inteiro, e que a última coisa que ele tinha dito era: shany, tem dinheiro para almoçar e lanchar? Quando o choro embaçou minha vista pela lente do óculos, o celular toca: Conseguiu pegar o ônibus de 22:30h? Se não, seu pai te pega aí. Comecei a rir.

Sei que pareço ser pessimista, mas eu não consigo evitar. Acho que é medo de perder quem eu amo. Já estou acostumada. O que o cheiro de vó não faz...

domingo, 14 de setembro de 2008

Sobre pessoas que marcam pronfundamente nossas vidas.

É fato que muitas pessoas que passam pelas nossas vidas nos marcam profundamente. Umas marcam de um jeito ruim, e quando nos lembramos delas nossos corações se apertam e doem, mesmo que você nem acredite em sentimento algum. Você chora de raiva, confundindo com tristeza.

Eu não consigo terminar.

domingo, 31 de agosto de 2008

I look around at a beautiful life..


Andava tranqüilo pelas ruas, entre as pessoas. A calçada mal tinha espaço para suas finas pernas, mas ele caminhava em ritmo acelerado, apesar de calmo. Sem expectativas, mas vivendo intensamente. Ele podia ensinar como viver assim...

Sempre com aquele semblante tranqüilizador, com um sorriso esboçado e sincero. A multidão em sua volta podia sentir a energia positiva transbordar. Calma, minha gente, porque no fim tudo dá certo... Oh, como isso é clichê, mas em sua voz soava tão doce e verdadeiro. Doce e verdadeiro. Definem muito bem.

Continua em sua caminhada, não importa se os carros resolverem não parar, e se desligarem os faróis. Nada o vai fazer parar, e ele nunca vai perder o rumo e o caminho. A chuva pode cair, e o sol derreter as solas de borracha da sua sandália, sempre em frente vai seguir, sempre sorrindo, e de quebra te dando a mão. Você vai sentir vontade de chorar, então ele vai dar uma paradinha e te enxugar as lágrimas. E você vai sorrir.

Vai ser assim, não importa o que aconteça. As letras, as palavras, os poemas, os desenhos.
Se eu irradio luz, você irradia amor.

sábado, 9 de agosto de 2008

Memories.

*Ficção.

Os cd's espalhados no chão talvez sejam a lembrança mais viva. Alguns recortes de jornal meio envelhecidos se juntam a um Contos dos Irmãos Grimm marcado na página 57.

Essa noite eu sonhei com você, e não pude evitar. Os dias ensolarados em que deitávamos no chão gelado da sala e colocávamos qualquer cd daqueles espalhados para tocar, eu tinha que lembrar, e sem querer eu sonhei.

Desculpa, eu prometi mudar tudo e te deixar para trás e talvez não chorar por mais de uma noite. Mas eu não consigo não pensar no seu olhar, e basta eu pensar nele que tudo vem à tona, e já não posso me desfazer das lembranças.

Dói.



(Parênteses só para repassar um selinho que ganhei do Diego!)


Ele vai para o Damn, do Caixa de Vinis, ótimo blog sobre música :)

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Fix you.

D diz:
eu queria ter consertado ele

A diz:
sei como é
também quis consertar uma pessoa inconsertável.
mas já descartei.

D diz:
é difícil né
tomara que um dia alguma garota legal goste dele de verdade
como eu gostei

A diz:
tomara que ele goste de alguém que goste dele.

D diz:
principalmente

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Saiu até no jornal [2].

O Casaco Verde saiu mais uma vez no jornal, galera. E dessa vez com direito a foto ^^
(Para quem não sabe, em março saiu uma matéria no caderno de informática, assinada por Karine Nobre, cuja entrevista contou com minha participação. Vocês podem ver clicando aqui.)

Hoje, no Caderno 2 de A Gazeta, saiu uma matéria feita pela Tati Wuo sobre blogs literários. Eu e a Aline Dias demos entrevista e tiramos fotinho! E dessa vez o jornal foi scanneado! (Créditos para minha amiga Flávia Martinelli)




Aline e eu.












Parte onde saiu o Batata Quente











Parte onde o Casaco Verde e o Gota D'Água saíram.





Vocês podem ler a matéria da Tati Wuo clicando aqui.
Também podem ver uma lista de blogs indicados por nós entrando na página do blog do Caderno 2, o 2 na Rede. Dentre eles estão o do Andre, o da Letícia e o do Rafael Abreu.

Por fim, um obrigada enorme a todos que lêem esse blog, os que comentam, e os que não comentam também. Beijos para todos!

Darshany.

Foi em maio.

*Ficção.

Estávamos deitados no tapete fofo cor de creme da sala dele. Passava algum programa na MTV e ele assistia sorrindo. Eu lia uma Rolling Stone de uns meses atrás com a Rita Lee na capa.

– Nossa, olha essa capa que linda! Jamais vou conseguir fazer uma assim, diagramação é muito difícil... – comentei.

Ele virou pra mim, apoiando a cabeça na mão, e soltou:

– Eu te amo.
– A Rita Lee... quê?!
– Eu te amo.

Ele disse aquilo como se fosse a coisa mais natural do mundo, e continuou me olhando esperando que eu respondesse alguma coisa.

– Namora comigo?
– Mas...
– Eu amo você, não já falei? Acho que podemos assumir algo sério agora.

Fiquei sem palavras. Não podia ser totalmente sincera. Tentei achar outra saída, enquanto ele ainda me olhava com aqueles olhinhos puxados e verdes.

– Eu não tenho peito.
– Claro que tem.
– Mas eles são pequenos, assim como minha bunda.
– Ainda te amo.
– Sou grossa. Bruta. Insensível.
– Eu sei.
– Eu arroto quando bebo coca-cola.
– Nós sempre fizemos isso juntos.
– Eu fico bêbada facilmente.
– Sempre te levo para casa, não é?

Pára tudo. Não existe ninguém tão perfeito quanto ele. Qual o problema afinal?
Ele acariciou meu cabelo com a mão livre e me deu um beijo. O afastei, e notei que ele começou a perceber o que estava errado.

– Já falei que te amo, assim mesmo do jeito que você é. Eu não mudaria nada. Eu amo você e ponto.
– Mas eu não acredito no amor.

Levantei e saí.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Ouve o seu coração.

Adriana Calcanhoto - Mulher sem Razão


"Saia desta vida de migalhas
Desses homens que te tratam
Como um vento que passou..."

De repente você percebe que não é só mais um vento que passou na vida de alguém. E que segurar a mão dessa pessoa é tudo que se precisa para terminar um dia bem.

Quando cai essa ficha, fica mais fácil deixar o passado... no passado.

Eu não sou mais um vento que passou.

sábado, 26 de julho de 2008

Um muito obrigada [3].

Ahhh recebi mais selinhos! Todos de pessoas fofas e blogs que sempre acompanho.

Este eu recebi do inteligentíssimo Diego Martins, do A casa das Idéias, e repasso para:

* Letícia, do Abrace o Mundo (sempre dou selos para ela, o blog merece - ela também).

* Izaías, do ComTextos em Contato. Não é porque é meu calouro, nem meu parceiro de trabalho, mas o cara manda bem com o jornalismo e a blogosfera precisa de blogs como o dele.

Este foi da talita, a Menina dos Óculos Rosa, fofíssima que já me deu outros dois selinhos =]
Repasso para:

* Andre, do Canhem Babá Cum Cum, que sofreu recentemente séria ameaça pelo medo de uma leitora de ficar sem ler o seu blog (interna).

* Batata Quente, o melhor blog literário da rede! (caham). As autoras dão um banho! (caham²)


Este foi pela lindarê, do Devaneios da Insanidade, cujo sarcasmo é simplesmente irresistível.
Repasso para:

* Dani, do My Life in The Queen's Land. Já falei em outras palavras, mas o blog dela merece a frase desse selo!




No mais, um muito obrigada a todos pelos selos, fico sempre muito feliz e lisonjeada, sempre achando um exagero! Meu blog é tosquinho =p

Beijos!

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Sobre decepção.

Algumas pessoas devem pensar que eu sou idiota. Que eu não sei a diferença quando alguém é amigo de verdade e quando é por interesse.

Mas a falsidade se vê nos olhos, e mesmo demorando para perceber, uma hora eu percebo. Escolho não falar nada, apenas agir diferente.

Essa pessoas acham que enganam perfeitamente, mas todo interesseiro comete seu deslize. Não que eu tenha posses e coisas para oferecer, mas tenho a terrível mania de ser prestativa e querer ajudar as pessoas (e se engana quem acha que isso é uma qualidade), e os interesseiros sabem sugar até da caixa de bombons que você ganha. Eles lucram com qualquer coisa, apenas se fingindo de amigos. Te procuram quando mais precisam: seja por dinheiro, ou para desabafar - quando ninguém mais quer ouvi-los. Mas não fazem a mínima questão de te ajudar em nada, e tratam com pouco caso qualquer desabafo ou tristeza sua. E, na primeira oportunidade, viram as costas e falam mal de você - ou mal de qualquer coisa que você tenha feito, mesmo que seja algo legal. E falam dos outros com você. É nessas horas que se percebe: os olhos brilham ao falar, pelo simples prazer da fofoca.

Estou cercada dessas pessoas. Sempre estive, mas ainda tenho medo. Porque de tanto conviver, sem querer você acaba se tornando uma delas - ou quase se tornando. Eu percebi em tempo o que estava acontecendo.
(e aqui entra minhas desculpas para uma baiana especial - ela sabe o porquê)

Não há escapatória. Sempre vai ter alguém assim do seu lado, e fique atento aos sinais, pois às vezes essa pessoa é especial para você, e você acaba se decepcionando profundamente.

Fica a dica.

domingo, 20 de julho de 2008

02:12h

Procurou pelas portas a saída. Quis entender o porquê, mas isso podia esperar. Andou pelas ruas em qualquer direção, os prédios muito bem iluminados guiando os passos. Jogou o papel na lixeira, não ia mais precisar. Seu celular tocava desesperadamente, e alguém do outro lado da linha apenas queria lhe pedir desculpas. Dizer eu te amo. Talvez. Sabia que devia ser verdadeiro, mas não queria ouvir. Era tortura em excesso. Já não bastava ele ser o cara, e nada de ruim que ele fizesse mudava aquilo. O pior é que ele sabia. No dia seguinte, bastaria olhar em seus olhos, que ela se perderia em seus braços.

Esse pensamento a fez vomitar. Tirou do bolso uma nota de cinco reais. Pensou. Parou no pub mais próximo, mas só pediu um café.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Um muito obrigada [2].



Mais um selinho que recebi da fofa da Talita! Um muito obrigada de novo!





Mais quatro blogs para o selo:
  • Shelha - porque seu blog com suas histórias lindas baseadas em músicas não sai da minha cabeça.
  • Batata Quente - blog no qual escrevo com mais 4 amigas, logo não sai da minha cabeça.
  • Dani - a narrativa sobre sua vida em Londres faz seu blog não sair da minha cabeça.
  • Letícia - não só porque é minha amiga, mas porque amo o jeito como escreve. Por isso não sai da minha cabeça. (Posta, let!)

domingo, 13 de julho de 2008

Um muito obrigada.


Selinho que a Talita me deu, muito obrigada :)




O envio para mais três blogs:

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Metade.



Metade do ano já passou, e eu estou aqui nessas férias que nem parecem férias, refletindo sobre tudo que vivi. Meu cabelo oleoso pede para ser lavado, o vento frio que entra pela janela da sala congela meus pés, estou com vontade de abrir a geladeira e comer aquele pacote aberto de Passatempo recheado assistindo ao Programa do Jô. Mas tudo o que estou fazendo é ficar sentada aqui, escrevendo sobre um passado nem tão passado assim; que novidade!

Metade do ano já passou, e eu aprendi que tenho muito o que aprender ainda. Mas percebi que estou no caminho certo, e que em 1 ano de faculdade eu já posso ter certeza (sempre tive) de que estou fazendo o que amo realmente.

Porém, nesses seis meses aconteceram muito mais coisas do que a faculdade em si. Eu vi como é tentar dormir com medo do meu pai morrer a qualquer momento e como é perder um amigo. Mas fiz amigos também, e me afastei de outros. Porque descobri que esse mundo é muito mais maldoso do que aparenta, e quando me vi dentro dele, em meio a fofocas e intrigas, eu me toquei do que estava acontecendo. A consciência chegou a tempo e eu consegui me resgatar.

Bebi além da conta, tomei decisões erradas, confundi amores. Dormi menos de 4h por noite, em média, me atolei de tarefas e quase explodi. Mas eu amo essa vida, e quando me vejo com tempo disponível para fazer absolutamente nada, me sinto desconfortável. (louca)

A verdade é que esse semestre mais pareceu um ano inteirinho, e a única certeza que tenho é que o próximo vai ser igual.

If you love me, won't you let me know?

Só uma coisa precisa mudar.

domingo, 6 de julho de 2008

Junho.

Livros lidos:

Do Amor e Outros Demônios - Gabriel García Márquez
Márquez trata com uma simplicidade imensa e cativante a vida de uma garotinha de 12 anos, supostamente possuída pelo demônio, e o envolvimento de um padre no caso. Diferente da outra obra que já li do mesmo autor, mas igualmente maravilhosa. Recomendo.

Músicas marcantes:
Good Woman - Cat Power
Porque ela consegue tocar meu coração.


Cinema:

Sex and the City (Sex and the City, 2008). Com Sarah Jessica Parker (Carrie Bradshaw), Kim Cattrall (Samantha Jones), Kristin Davis (Charlotte York), Cynthia Nixon (Miranda Hobbes) e Chris Noth (Mr. Big).

Nesse filme, baseado na série (1998-2004) de mesmo nome, Carrie e Big decidem se casar, após 10 anos de relacionamento conturbado. Estão presentes no filme os mesmos elementos do seriado: grifes, dinheiro, amor, sexo, futilidade e amizade, misturados àquele glamour que só Sex and the city possui.
Para os fãs que assistiram à toda a série (eu!), o começo é meio cansativo, mas os olhos brilham no decorrer do filme. Para quem nunca viu, é mais um filme de comédia romântica que vale à pena.

DVD:

Separados pelo Casamento (The Break-Up, 2006). Com Jennifer Aniston e Vince Vaughn.

Após dois anos de casamento, Brooke (Aniston) e Gary (Vaughn) entram em crise devido à rotina e acabam se separando. Mas nenhum dos dois aceita sair do apartamento. A partir daí, começa uma guerra, na qual tentam infernizar a vida um do outro, até alguém ceder.
O filme é legal, mas você torce, torce, e no final morre na praia.

O Grande Truque (The Prestige, 2006). Com Hugh Jackman, Christian Bale, Michael Caine, Scarlett Johansson, David Bowie e Piper Perabo.

Em Londres do século XIX, os mágicos Robert Angier (Jackman) e Alfred Borden (Bale) vivem em constante rivalidade. É um filme inteligente, que prende a atenção do começo ao fim.

Séries assistidas:

Nip/Tuck - 3ª temporada completa (2005). Com Julian McMahon, Dylan Walsh e Joely Richardson.

Nessa 3ª temporada, os cirurgiões plásticos Christian Troy e Sean McNamara estão de volta dando continuação aos dramas e histórias desenvolvidas a partir da 2ª temporada. Matt se mostra um adolescente cada vez mais rebelde e com crises, principalmente depois de descobrir o segredo de Ava (Famke Janssen). Mas vez ou outra demonstra um pouco de humanidade. Julia McNamara finalmente alcança sucesso profissional, mas continua sendo uma mulher confusa. Sean e Troy, ao longo da temporada, se redescobrem como amigos e sócios, e tentam desvendar o mistério do vilão The Carver (o Açougueiro), maníaco que ataca em Miami. A revelação se dá no último episódio, mas não é surpreendente.
Repleta de temas polêmicos, como transexualismo, Nip/Tuck agrada por misturar bizarrices à dramas atuais, o que prende o telespectador. E claro: sexo, drogas e cirurgias plásticas não podiam faltar nessa 3ª temporada.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

So maybe tomorrow I'll find my way home.

Eu sei que eu deveria estar, nesse momento exato, fazendo minha reportagem de Teorias e Práticas Jornalísticas para Meios Impressos, que à propósito vale 50 pontos, ou seja, meu pulmão esquerdo. Sei também que me ferrarei bonito se nos próximos minutos eu não fechar o Mozilla e ir escrever, além do quê também posso ferrar minha dupla, Letícia linda, e isso é a última coisa que quero na minha vida. Aliás, eu não quero isso nunca na minha vida.

Então, colocarei aqui um texto que não é meu. Mas que foi feito para mim. E propositalmente (ou não), ele é sobre mim. Acontece que a pessoa quem escreveu é tão boa nisso, que conseguiu interpretar meu blog e minha música preferida, e fazer um texto que praticamente diz o que sou agora. Espero que gostem.

(Leiam ouvindo a música)
Stereophonics - Maybe Tomrrow


"Sigh

(A pedido de Darsh)

Eu olho em volta sentindo o vento frio batendo forte no meu rosto. Eu estive perdendo tempo pensando o que nós seriamos agora, ou antes, ou depois. Já faz tempo que você se foi e deixou meu mundo de cabeça para baixo, e mesmo que isso faça minha cabeça ficar pesada eu só respiro fundo, de novo e de novo.

Foto: Bruna M. Cibotto.

Eu não sei exatamente porque, as coisas parecem gostar de ficar invertidas comigo. O cinza chumbo que deveria estar esticado na pista lá fora está tingindo as nuvens acima da minha cabeça, mesmo quando eu quero deitar na grama e ficar imaginando o formato delas, compartilhando a leveza de ser dos velhos drogados de Seattle.
E com a cabeça girando (de coca cola por favor) eu penso que quero mesmo é sair por aí, fazendo o que dá vontade, nadando no meio do oceano, comprar um sorriso – mas ele não é de graça? -, ou pegar um tempo só para mim, e ficar pensando essas bobagens mesmo.
É tudo o que eu quero.
Quero esquecer um pouco que eu deveria te esquecer por algum motivo (estúpido ou não), que eu deveria respirar e sentir a brisa fria e ser livre. Livre. Livre de pensar no que deveria ter acontecido quando não aconteceu.
Eu apenas quero sentir a grama encostando na pele.
E de tanto sentir, eu fiquei sem vontade de ir para casa escutar meus velhos pensamentos ao som das músicas que só me lembram você. Eu quero mais é andar – talvez um ônibus seja uma boa idéia – e lembrar mais um pouco; quem sabe assim meus pés – ou o motorista, é claro – me levem de volta pra casa.
Ou quem sabe eu pare para conversar com a velha cerveja no velho bar. Talvez amanhã eu encontre meu caminho de casa.

Shelhass
Baseada na música Maybe Tomorrow por Stereophonics, e nos singelos e intimistas textos de Darshany Loyola"

A autora: http://shelha.blogspot.com

segunda-feira, 23 de junho de 2008

The first kiss.

Hoje eu estava indo para a faculdade e lembrei de você. Você, quem nunca mais vi. Estava tocando November Rain na academia aqui perto, e não pude deixar de recordar aqueles tempos, aqueles dias poucos em que deitávamos na grama com seu discman e ouvíamos quase a discografia inteira do Guns n'Roses.

Lembra? A gente comprava coca-cola 2L e nos fingíamos de drogados, e dizíamos que um dia ficaríamos bêbados juntos ouvindo aquelas músicas. E pensar que até um ano atrás eu dizia que nunca iria beber, ah, eu tinha esquecido dessa promessa. Se não fosse na faculdade, seria com você. Se te encontrasse de novo.

Lembra? Você criticava meus rabiscos na calça jeans velha, me mandava rasgar logo. Mas eu tinha medo da minha mãe brigar. E você ria daquele jeito gostoso, único, e me prometia que quando tivesse sua banda ia cantar uma música pra mim em cada show que fizesse. E todas me invejariam. A gente ouvia Nirvana e você dizia que ia me dar um allstar preto no meu aniversário, e eu achava aquilo o máximo.

Lembra daquele aniversário que você se comportou que nem criança e eu morri de raiva, porque queria que me beijasse, mas você era lerdo demais? Mas, no fim da noite, nós dormimos de mãos dadas e ficou tudo bem, porque aquilo significava muito mais do que qualquer beijo dado até hoje. E então você tocou violão só para mim tantas vezes, e eu pensava que nunca estaria tão apaixonada como naquele ano.

Eu não tinha mais que 14 anos, e você tinha 13. E pensávamos que tudo ia ser pra sempre, e planos de uma vida que nunca aconteceu foram feitos. Eu não sei onde você está agora, nem se lembra de tudo isso, mas em um show por aí a gente vai se encontrar, e a minha música eu vou cobrar.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Doces deletérios.

Los Hermanos - Condicional


O que muito me espantou foi como tudo aconteceu tão rápido e durou tanto, e ainda dura, por mais que eu queira que acabe. E como eu quero que acabe! Já faz algum tempo, e esse algum tempo não é pouca coisa, que eu tento matar aos poucos o que eu mesma plantei.

Já não sei o que dizer, o que fazer, pois já virou um ciclo vicioso essa minha mania de acreditar sempre. Eu não sei abrir olhos alheios, não consigo fazer enxergar, até porque por vezes eu também não enxerguei.

Não estou precisando de muita inspiração, porque agora sentada nessa cadeira tudo que vem à mente é o vazio do que podia e devia ser, mas não foi. E nem estou triste e nem com o coração apertado como tantas vezes fiquei. Só tem um vazio mesmo. E isso é tão estranho.

Soa tão estranho. Essa história já tem tanto tempo, que talvez eu nem seja mais a protagonista. Tudo o que eu quero agora é dormir.

domingo, 15 de junho de 2008

2 em 1.

Esse post é para responder um meme e um selo que recebi.

Meme passado pela Shelha bobona:

*Você acaba de ser amaldiçoado(a).
*Faça uma lista das 10 coisas mais bizarras a seu respeito.

*Amaldiçoe mais cinco pessoas.

1)Minha data de aniversário é a mesma que o aniversário de casamento dos meus pais que é a mesma do aniversário da minha bisavó (04/04). O mais legal de tudo foi fazer aniversário em 2004. Anyway...

2)No 2º ano todo mundo colava nas provas de Física (tá, não só nas de física, e não só no 2º ano) e eu, com um ataque de quero-ser-boa-aluna-vou-estudar-e-tirar-notão-por-mim-mesma, me ferrei por não colar também, reprovei em Física e fiquei em dependência (em Matemática também, mas isso não vem ao caso).

3)Eu gosto de morder as pessoas.

4)Eu gosto do cheiro de gasolina.

5)Eu arroto no cinema para incomodar as pessoas (depende da companhia oks)

6)Eu tenho várias roupas que nunca usei.

7)Eu caio em tudo quanto é lugar/buraco/escada/superfícies planas; bato a cara em postes, paredes, placas; sempre esbarro a mão/braço/corpo inteiro em lugares que provavelmente me deixarão com arranhões/roxos. Não sei o porquê, e também não tenho nenhum problema na cabeça.

8)Conheci meus ex-namorados pela internet, e comecei a gostar deles pela mesma. Acho que isso é um ciclo vicioso.

9)Eu só como legumes amassados, misturados, tipo papinha de neném. Em qualquer lugar.

10)Meu nome é Darshany, e este provém do desenho Cavalo de Fogo, e eu não agüento mais todo começo de ano/período ter que explicar isso.

Bizarro né?

5 pessoas para responder:
  1. Dani, diretamente de Londres.
  2. Rafael
  3. Larissa
  4. Paola, que não é a Bracho
  5. Fiorella

Selo que recebi da LindaRê , blogueira mais cômica (muito obrigada!):

5 pessoas para receber o selo:
  1. Bia, a mais nova integrante do Batata Quente
  2. Flora V., uma das integrantes do Batata Quente
  3. Rafael Abreu, T T T T (interna)
  4. Dani, de Londres, porque adoro ler sobre sua vida britânica
  5. Literatura de Boteco, da Aline Dias (a idealizadora do Batata Quente)

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Em terceira pessoa.

11/06
Ela estava lá tentando fazer um resumo de Teorias da Comunicação. Precisava de trinta linhas e só tinha seis. Mas não conseguia parar de pensar nos últimos três dias. Ela não conseguia parar de se perguntar porque em um dia tudo pode ser tão feliz, tão legal, e no outro sentir o peito esmagado, e aquela agonia que não passa ao longo das horas.

Ela queria saber o que era pior: o ex-namorado sentar na mesa ao lado no Restaurante Universitário, no dia que fariam 9 ou 10 meses - ela já não se lembra; ou descobrir que o cara que gosta há tanto tempo é realmente um idiota; ou romper com alguém muito legal por causa desse cara; ou descobrir que seu pai não anda tomando todos os remédios que devia pro coração.

12/06
Depois de um dia ruim, corrido, algumas lágrimas, ela resolveu que não valia à pena se preocupar com essas coisas, apenas com seu pai.
Aí justamente a pessoa que não devia lhe lembrou que era dia dos namorados, e mesmo ela, tão anti-romântica, desabou novamente, e continuou se fazendo as mesmas perguntas de sempre.

13/06
Ela tomou uma decisão.
Porque o que importa é viver, e não esperar.


*Baseado em fatos reais.

domingo, 8 de junho de 2008

Maio (atrasado).

Músicas marcantes:
Sea of Love - Cat Power
A voz angustiante de Cat Power pode ser doce quando ela quer, e nessa música, parte da trilha sonora do filme Juno, ela está perfeita. Simplesmente tocou umas 35 vezes seguidas no meu player.

Cena de Juno na qual a música toca:


Cinema:

Quebrando a Banca (21, 2008)
Direção de Robert Luketi. Com Jim Sturgees (do lindo Across The Universe), Kevin Spacey (ganhador do Oscar de melhor ator por Beleza Americana), Kate Bosworth (de A Onda dos Sonhos e Superman - O retorno) e Laurence Fishburne (da trilogia Matrix).

Ben Campbell, vivido por Sturgees, é um garoto superdotado, mas que precisa arranjar dinheiro para pagar a faculdade. Seu professor de matemática, Micky Rosa (Spacey), repara no talento de Ben com os números e o convida para fazer parte de um grupo de jovens que, através de códigos e contando cartas, ganham dinheiro quebrando cassinos em Las Vegas. Inicialmente, Ben quer apenas a quantia necessária para pagar a faculdade mas, deslumbrado com o dinheiro fácil e o mundo de diversão, não consegue mais parar e acaba correndo risco de vida.
Quebrando a Banca é um filme excelente, principalmente para aqueles que gostam de uma reviravolta nas histórias e aquela surpresinha no final.


Homem de Ferro (Iron Man, 2008)
Dirigido por Jon Favreau. Com Robert Downey Jr. (dos recentes A Pele e Zodíaco), Terrence Howard (dos ótimos Crash - no limite e Quatro Irmãos) e Gwyneth Paltrow (ganhadora do Oscar de melhor atriz por Shakespeare Apaixonado).

Robert Downey Jr. foi a escolha perfeita para dar vida a Tony Stark, dono de uma indústria de armamentos, que ao ser seqüestrado por terroristas constrói uma máquina para fugir. Essa máquina, uma espécie de armadura-arma, é feita com alta tecnologia e Stark começa a usá-la para combater o crime.

O filme é muito bom, apesar de Gwyneth Paltrow estar meio apagada no papel da secretária fiel de Stark, Pepper. Downey Jr., mesmo não sendo o estereótipo dos super-heróis da Marvel, se saiu ótimo como Homem de Ferro, dando um tom de ironia ideal ao personagem. Destaque para a aparição relâmpago de Samuel L. Jackson, que dá a entender que haverá uma continuação.


O Melhor Amigo da Noiva (Made of Honor, 2008)
Direção de Paul Weiland. Com Patrick Dempsey (o Dr. McDream de Grey's Anatomy, atuou também no bonitinho Doce Lar) e Michelle Monaghan (dos fracos Missão Impossível 3 e Antes Só Do Que Mal Casado).

Dempsey interpreta Tom, um solteiro convicto cheio de regras quanto às mulheres que saem com ele. Hannah (Monaghan), sua melhor amiga há 10 anos, viaja para Escócia por 6 meses e, durante esse tempo, Tom descobre que é apaixonado por ela. Decidido a compensar o tempo perdido, espera ansioso por sua volta para se declarar, mas Hannah retorna noiva de um conde escocês e o chama para ser "madrinha" de seu casamento. Desesperado, Tom tenta o impossível para o casamento não acontecer.

Cópia bem-feita (e até melhor) de O Casamento do Meu Melhor Amigo, o filme não deixa a desejar na comédia e no romance. Destaque para a cena que Hannah faz sua despedida de solteira num pub da Escócia e para a trilha sonora que caiu como uma luva, de Love Song (Sara Bareilles) que abre o filme, à Stop Crying Your Heart Out (Oasis).


Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal (Indiana Jones and the Kingdom of the Crystal Skull, 2008)
Dirigido por Steven Spielberg. Com Harrison Ford (do ótimo Divisão de Homicídios), Shia LaBeouf (de Transformers e Paranóia), Cate Blanchett (de Elizabeth, Vida Bandida, Babel, trilogia O Senhor dos Anéis e ganhodora do Oscar de melhor atriz coadjuvante por O Aviador), e John Hurt (de Harry Potter e a Pedra Filosofal).

4ª aventura da série Indiana Jones, ambientada em 1957. Dessa vez, Henry Jones, juntamente à Mutt Williams (LaBeouf), sai em busca da Caveira de Cristal, também alvo da ambição da vilã soviética Irina Spalko (Cate Blanchett).
Não assisti aos três filmes anteriores, mas esse é até legal, tirando algumas partes do roteiro meio surreais.

DVD:
As filhas de Marvin (Marvin's room, 1996).
Dirigido por Jerry Zacks. Com Meryl Streep (de O Diabo Veste Prada), Diane Keaton, Leonardo DiCaprio (de Gangues de Nova York e Os Infiltrados) e Robert De Niro (de Os Intocáveis, 15 Minutos, ganhador do Oscar de melhor ator por Touro Indomável e melhor ator coadjuvante por O Poderoso Chefão II).

O filme gira em torno de um drama familiar vivido por Bessie (Keaton) que, ao detectar uma leucemia, precisa reencontrar a irmã Lee (Streep), que não vê há 17 anos.
Drama gostoso de assistir, principalmente pela boa atuação de Leonardo DiCaprio, que naquela época já se revelava um ótimo ator, e não só um rostinho bonito no cinema.


Match Point - Ponto Final (Match Point, 2005).
De Woody Allen. Com Jonathan Rhys-Meyers (de Feira das Vaidades e Alexandre), Scarlett Johansson (de Moça com Brinco de Pérola, Scoop - O Grande Furo e Encontros e Desencontros) e Emily Mortimer (de Querido Frankie e Paris, Eu Te Amo)

Chris Wilton (Jonathan Rhys-Meyers) é um ex-jogador e professor de tênis que, em Londres, conhece e se apaixona por Nola Rice (Scarlett Johansson), noiva de seu amigo Tom. A situação se complica quando ele casa com a irmã de Tom, Chloe (Emily Mortimer), e logo depois começa um caso com Nola.

Tudo que eu tenho para dizer sobre esse filme é: surpreendente e espetacular. Típico de Allen.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Todo mundo já foi tosco um dia II

Mais uma bizarrice! Esse é pior que o primeiro, mas segundo as datas aqui, foi escrito no mesmo dia.

"Domingo, Agosto 17, 2003

Olá, cá estou eu de volta. HUmm, tô falando bemmmmm. Acho que vou falar um pouco sobre música. Gente, eu sou mto fã de rock. E tem umas bandas novas aí no mercado q são mto boas! Por exemplo: Audioslave, 3 doors down e mais algumas. Aí, a nova música do Matchbox 20 é mto lindaaaaaaaaaaa. Só que eu não sei o nome dela. Quem souber por favor mande um email pra mim!!!! (darshany@bol.com.br) . Tem a nova música do Jota Quest que também é linda, "Amor maior". Não que eu seja fã de Jota Quest, não mesmo, mas tem umas musiquinhas que são bem legais como essa, que tda vez q eu escuto eu penso no meu amor. Alguém já ouviu Evanescence????????// Gente, eu só ouvi uma música dessa banda que é mto show!!! "Bring me to life". Assim como "Faint" do Linkin Park, eu não consigo ouvir sem ficar parada. MTO ROX.
Eu quero ficar sóooooooooo, mas comigo só eu não consigooooo........llalalalalalaaaa
fuiiiiiiiiii.
Bjinhus nas buxexas, Shany.

posted by DARSHANY DE LOYOLA VIEIRA 3:20 PM"


Dá vontade de voltar no tempo e me matar né?

sábado, 24 de maio de 2008

Todo mundo já foi tosco um dia.

Hoje eu acordei meio feliz, olhei pro céu, o dia estava tão lindo! Me deu uma vontade incontrolável de escrever, então decidi abrir o arquivo do meu livro, o qual parei tem quase 1 ano. Foi nessa que achei outros vários arquivos, todos eles do meu primeiro blog, que eu fiz com 15 anos. Eu guardei todos os posts com uma única finalidade: rir da minha própria cara. Sério, eu não me reconheço naqueles textos. Tosquice simples e pura. Beirando o ridículo. Mas tudo bem, eu tinha 15 anos, só tinha beijado um garoto e não fazia idéia de que o mundo era muito maior do que eu pensava. Leiam o primeiro texto, se vocês rirem como eu ri talvez eu coloque outros depois. Hahahaha.
Ps.: Não corrigi erros, o texto está tal como foi escrito.


"Domingo, Agosto 17, 2003

OI, galera, é tão emocionante pra mim estar escrevendo um blog!!!!! Vcs nem imaginam como... Deixa ver comlo eu posso começar..... Hj é domingo e eu acordei meio dia. Ontem eu fui na casa da minha avó e depois passei na casa do meu padrinho e acabei ficando e fui dormir 4 horas da manhã. Ai meu Deus, ontem eu comi 2 pedaços de pizza e estou mto cheia, ninguém merece isso. Eu fico imaginando porque eu não comi um pedaço só, mas a gula é maior e acabei comendo 2!!!! Ai, ontem eu fiquei a noite inteira esperando meu amor (não sei se ele vai gostar de ver o nome dele aqui, por isso por enquanto não vou escrever) ligar pro meu celular, mas ele não ligou!!!!! Talvez ele ligue hj, não sei, só sei que estou com saudade da voz dele.... HAHAHHAHAHAHA. Não sei porque eu ri. Estou com saudade da Dolly. Eu nunca durmo sem ela e acabei dormindo SEM ELA essa noite. Fui obrigada a dormir com outro ursinho de pelúcia. Dolly é minha ovelhinha. Não sei mais o que escrever. Bjos pra vcs!!!
Shany
posted by DARSHANY DE LOYOLA VIEIRA 2:51 PM"


ps.2: meu amor não era meu namorado, eu só tive namorado com 16 anos.
ps.3: eu ainda durmo com a Dolly.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Teria sido diferente.

Cena do filme O melhor amigo da noiva, que inspirou esse post.

Sim. Se você tivesse pedido para eu ficar, eu teria ficado. Na mesma hora. Eu me sentaria de novo, e terminaríamos aquela conversa. O café esfriaria, porque eu falaria muitas coisas sem parar, e você me escutaria, e no fim talvez ficasse tudo bem.

Eu ainda não entendi direito porque você não disse "não vá". Diz que quer minha felicidade, mas será que estou indo em direção à ela mesmo? Será que não teria que ser com você?

Eu teria ficado. Teria mudado aquela sua expressão no olhar. Mas você nem tentou. Foi tão fácil desistir. Então talvez não fosse você. Mesmo.

Realmente, não há o que explicar. Tudo o que havia era o nada, e achávamos que o nada era muita coisa, e que as mãos dadas significavam muito. Desculpe se o meu passado me persegue, mas você soltou minha mão sem nenhum esforço para segurá-la. Então eu vou seguir em frente.
Ou para trás.
Não sei.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Propaganda básica.

Blog Batata Quente - com texto meu postado essa semana: http://www.msbatataquente.blogspot.com


Site da ECOS Jr (Empresa de Comunicação Social Júnior da UFES) - que tem matéria minha também: http://www.ecosjr.com.br


Matéria que fiz sobre o CONEJES (Congresso das Empresas Juniores do ES): http://www.juniores.cjb.net/news11.htm

terça-feira, 13 de maio de 2008

4.

4 é o dia e o mês do meu aniversário. Talvez seja meu número de sorte. E hoje seriam 4 anos.
Sei que parece ridículo comentar, mas é algo que atormenta pensar que você já teve a pessoa mais legal do mundo e jogou tudo fora por idiotice. Não tenho memória boa, mas coisas que remetem meus erros eu dificilmente esqueço, que é para ver se faço diferente.

Preciso lavar o cabelo.

domingo, 11 de maio de 2008

Estou puta.

Cena do filme 007 - Casino Royale.

Estou puta e esse post é mais um desabafo do que qualquer outra coisa no momento. E tudo bem isso acontecer, já que meu blog é indefinido, em cima do muro e classificado como outros botecos. Então eu posso falar o que eu quiser, quando eu quiser. Eu não me importo e nem quero me importar.

Estou puta, e isso se deve ao acúmulo de estresse e de raiva e de tudo o mais. Porque ando muito pacífica, e eu não sou assim. Ando tão pacífica e tão arrependida de tentar ser assim. E não posso estourar um pouquinho que vêm me dizer "você não é assim". Uma porrinha que não sou, só porque tentei ser uma pessoa mais calma nos últimos meses. Isso me deixa puta. Me deixa puta, porque não adianta em nada engolir desaforos, deixar tudo por menos, colocar amizade acima de todas os desentendimentos, pensar sempre o melhor das pessoas, achar sempre que as mágoas nunca foram intencionais. Isso tudo só serviu para hoje, excepcionalmente hoje, eu estar mais puta do que nunca, e com vontade de socar qualquer coisa e provocar dor em alguém.

Estou puta, e não adianta me dizer para não ficar, porque talvez amanhã passe. Mas eu cansei de tanta coisa, ninguém faz idéia. Eu não vou sorrir só porque se acostumaram com um pacifismo que não me pertence, nem vou servir de idiota mais. E não me venham com "ai, você tá nervosa hoje". Oi, o mundo não é perfeito, nunca lhe disseram? E eu tenho problemas transbordando.

Prontofalei.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Uma segunda-feira.

Cena do filme Juno.

Há muito tempo eu não andava tão tranqüilamente pelo campus da universidade. Andando devagar, sentindo o vento friozinho da tarde batendo no rosto. Olhando as árvores, observando as pessoas. Sem pressa.

Um céu limpo, que eu fiquei olhando e lembrando que, meu Deus, foi-se o tempo que eu contava nuvens e imaginava desenhos nelas. Deu tanta vontade de fazer isso, deitar ali na graminha em frente ao R.U, na sombra, e ficar olhando o céu.

E veio aquela sensação de que é preciso tão pouco para ser feliz. Coisas tão pequenas, que fazem uma segunda-feira valer à pena.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Poema velho.

Me dê um pouco de loucura
Um pouco mais de aventura
Ver o céu às 3 da manhã
Me dê um pouco de doçura
Me conduz nessa louca dança
Sem pressa para o amanhã
Me dê uma vida a mais
Para que eu tenha tempo de dizer
Você foi a melhor coisa que já me aconteceu.


Escrito em Outubro/2006, quando eu dividia meu tempo entre TQD's de História e uma paixão totalmente platônica.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Abril.

Baseado livremente nos posts mensais do blog Era uma vez...

Livros lidos:
Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres - Clarice Lispector: confesso que ainda não terminei.

Bandas conhecidas:
nenhuma, acho que nem ouvi música direito esse mês.

Músicas marcantes:
Since I Told You It's Over - Stereophonics: linda demais. É daquelas que te faz pensar milhares de coisas, ficar viajando, com o coração acelerado.

CD que não parou de tocar:
Stereophonics - "You Gotta Go There to Come Back" (2003). Destaque para a perfeita (minha música preferida) Maybe Tomorrow (faixa 2), Since I Told You It's Over (faixa 13), Rainbows and Posts of Gold (faixa 10).

Cinema:
Jumper (2008), com Hayden Christensen (do bom As Virgens Suicidas e dos chatos Star Wars episódio 2: o ataque dos clones, Star Wars episódio 3: a vingança dos Sith), Rachel Bilson (a Summer da série mais ou menos The O.C), Samuel L. Jackson (ai, de um monte aí), Diane Lane (dos bons Infidelidade, Procura-se um amor que goste de cachorros e A casa de vidro) e Jamie Bell (o Billy Elliot, lembram?). O filme é sobre um garoto que descobre que tem o poder de se teletransportar, e uma organização que persegue pessoas com esse poder começa a tentar matá-lo.
Gostei porque tem muita ação, o casal do filme tem química, a trilha é boa, o Hayden é lindo, e no fim dá um gostinho de quero mais. E acho que vem uma continuação por aí mesmo..

Angel (2007), com Romola Garai (de Feira das Vaidades, Dirty Dancing 2, Scoop - O grande furo e Desejo e Reparação - todos ainda não vistos e que sou louca para ver), Sam Neill (das mega produções Jurassic Park 1 e 3 e o emocionante O Homem Bicentenário) e Lucy Russell (de Batman Begins - o melhor - e Tristão e Isolda). É um filme baseado em uma obra de Elizabeth Taylor, que conta a história de Angel, uma escritora sonhadora que consquista a fama, mas aos poucos tudo começa a dar errado em sua vida.
Quando eu vi o cartaz desse filme, fiquei doida para assistir, mas me decepcionei. O filme se arrasta demais, e quando algumas cenas mudam de período há uma certa dificuldade de se entender.

DVD:
Garçonete (Waitress, 2006), com Keri Russell (da série mais perfeita Felicity, e dos filmes Missão Impossível 3 e O Som do Coração), Nathan Fillion (de O Regate do Soldado Ryan, Drácula 2000 e A Liga da Justiça) e Jeremy Sisto (do ótimo Aos Treze e do lindinho De Repente é Amor). Filme independente, sobre uma garçonete (Jenna) famosa por suas tortas, mas que vive um inferno no casamento. Até que um dia ela descobre que está grávida do marido, e fica naquele dilema de "eu sei que deveria estar feliz, mas não estou". O filme mostra todo esse processo de aceitação da gravidez, por vezes cômico, por vezes dramático, e o ponto alto é quando ela acaba se apaixonando pelo ginecologista.
Ninguém dá nada pelo filme lendo sua sinopse, mas eu AMEI quando assisti. Ele é romântico, engraçado, dramático, doce, e a Keri está perfeita no papel de Jenna. Recomendadíssimo.

Séries assistidas:
comecei a 3ª temporada de Nip/Tuck, mas parei no 3º episódio.

Conclusão:
Foi um mês bem agitado, mas eu não tive muito tempo para fazer as coisas que gosto.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Minha vida dead-line.

Cena do filme Atraídas pelo perigo.

Estava assim sentada, concentrada em cada letra digitada. Uma pequena pilha de livros finos sobre um assunto muito chato ali. Folhas, mas muitas folhas espalhadas, e toda hora sem querer eu pego a errada para ler. Celular no silencioso, a caneca amarela de café cheia. O livro da Clarice Lispector cuidadosamente separado num canto da escrivaninha, me convidando a ler, me obrigando quase. Não posso, respondi. Não agora. Isolei ainda mais o livro, para não se misturar à bagunça. É que o dono pediu que eu cuidasse como minha própria vida. Então tá.

Tem um disquete quebrado aqui por perto, e um DVD de um filme muito legal jogado. Esqueci de guardar na gaveta. Meu desodorante, um par de brincos, e mais folhas e folhas e folhas e páginas com assuntos entediantes. O livro de inglês me encarando me lembrou de não matar mais aula. Também há folhas jogadas em cima da cama, acho que são as que já li e eu não queria que misturasse. Vou dar uma conferida. Depois.

O MSN no ocupado, pedindo para não pertubar se não for extremamente importante em caixa alta. Deixo aberto que é se alguém dos meus grupos precisar de alguma coisa. Mas tem gente que não respeita. Isso me estressa, e o pc trava. Trava porque tenho duas páginas de internet abertas, quatro arquivos de word abertos, e duas pessoas que vieram me perguntar coisas aleatórias. Isso tudo trava, e eu xingo, uma, duas, três vezes, porque toda vez que isso acontece, atrasa minha vida em dois ou três minutos. Contado, dá quase uma hora e meia de atraso na vida no fim do dia.

Meu bloquinho está ali com tudo o que eu tenho para fazer essa semana, 90% para amanhã. Colei uns post-it's no monitor que é para lembrar também. Eu esqueço de olhar o bloquinho. Busco mais café, estou com sono. É que não durmo direito tem quatro dias. Tenho prazos e prazos. Minha mãe diz: Pára de reclamar, que você que escolheu tudo isso. Mas eu reclamo, sim. Adoro reclamar, faz parte de mim. Reclamo cem vezes, e na última eu grito MEU DEUS, PORQUE MEU DIA NÃO TEM 36 HORAS?? Mas no fundo, eu amo tudo isso.

Amo muito tudo isso. Essa frase me dá vontade de comer mc duplo sem picles com coca-cola. Mas eu me refiro à essa minha vida. Eu amo demais. Apesar de tudo.

Nasci para isso.