quarta-feira, 30 de julho de 2008

Saiu até no jornal [2].

O Casaco Verde saiu mais uma vez no jornal, galera. E dessa vez com direito a foto ^^
(Para quem não sabe, em março saiu uma matéria no caderno de informática, assinada por Karine Nobre, cuja entrevista contou com minha participação. Vocês podem ver clicando aqui.)

Hoje, no Caderno 2 de A Gazeta, saiu uma matéria feita pela Tati Wuo sobre blogs literários. Eu e a Aline Dias demos entrevista e tiramos fotinho! E dessa vez o jornal foi scanneado! (Créditos para minha amiga Flávia Martinelli)




Aline e eu.












Parte onde saiu o Batata Quente











Parte onde o Casaco Verde e o Gota D'Água saíram.





Vocês podem ler a matéria da Tati Wuo clicando aqui.
Também podem ver uma lista de blogs indicados por nós entrando na página do blog do Caderno 2, o 2 na Rede. Dentre eles estão o do Andre, o da Letícia e o do Rafael Abreu.

Por fim, um obrigada enorme a todos que lêem esse blog, os que comentam, e os que não comentam também. Beijos para todos!

Darshany.

Foi em maio.

*Ficção.

Estávamos deitados no tapete fofo cor de creme da sala dele. Passava algum programa na MTV e ele assistia sorrindo. Eu lia uma Rolling Stone de uns meses atrás com a Rita Lee na capa.

– Nossa, olha essa capa que linda! Jamais vou conseguir fazer uma assim, diagramação é muito difícil... – comentei.

Ele virou pra mim, apoiando a cabeça na mão, e soltou:

– Eu te amo.
– A Rita Lee... quê?!
– Eu te amo.

Ele disse aquilo como se fosse a coisa mais natural do mundo, e continuou me olhando esperando que eu respondesse alguma coisa.

– Namora comigo?
– Mas...
– Eu amo você, não já falei? Acho que podemos assumir algo sério agora.

Fiquei sem palavras. Não podia ser totalmente sincera. Tentei achar outra saída, enquanto ele ainda me olhava com aqueles olhinhos puxados e verdes.

– Eu não tenho peito.
– Claro que tem.
– Mas eles são pequenos, assim como minha bunda.
– Ainda te amo.
– Sou grossa. Bruta. Insensível.
– Eu sei.
– Eu arroto quando bebo coca-cola.
– Nós sempre fizemos isso juntos.
– Eu fico bêbada facilmente.
– Sempre te levo para casa, não é?

Pára tudo. Não existe ninguém tão perfeito quanto ele. Qual o problema afinal?
Ele acariciou meu cabelo com a mão livre e me deu um beijo. O afastei, e notei que ele começou a perceber o que estava errado.

– Já falei que te amo, assim mesmo do jeito que você é. Eu não mudaria nada. Eu amo você e ponto.
– Mas eu não acredito no amor.

Levantei e saí.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Ouve o seu coração.

Adriana Calcanhoto - Mulher sem Razão


"Saia desta vida de migalhas
Desses homens que te tratam
Como um vento que passou..."

De repente você percebe que não é só mais um vento que passou na vida de alguém. E que segurar a mão dessa pessoa é tudo que se precisa para terminar um dia bem.

Quando cai essa ficha, fica mais fácil deixar o passado... no passado.

Eu não sou mais um vento que passou.

sábado, 26 de julho de 2008

Um muito obrigada [3].

Ahhh recebi mais selinhos! Todos de pessoas fofas e blogs que sempre acompanho.

Este eu recebi do inteligentíssimo Diego Martins, do A casa das Idéias, e repasso para:

* Letícia, do Abrace o Mundo (sempre dou selos para ela, o blog merece - ela também).

* Izaías, do ComTextos em Contato. Não é porque é meu calouro, nem meu parceiro de trabalho, mas o cara manda bem com o jornalismo e a blogosfera precisa de blogs como o dele.

Este foi da talita, a Menina dos Óculos Rosa, fofíssima que já me deu outros dois selinhos =]
Repasso para:

* Andre, do Canhem Babá Cum Cum, que sofreu recentemente séria ameaça pelo medo de uma leitora de ficar sem ler o seu blog (interna).

* Batata Quente, o melhor blog literário da rede! (caham). As autoras dão um banho! (caham²)


Este foi pela lindarê, do Devaneios da Insanidade, cujo sarcasmo é simplesmente irresistível.
Repasso para:

* Dani, do My Life in The Queen's Land. Já falei em outras palavras, mas o blog dela merece a frase desse selo!




No mais, um muito obrigada a todos pelos selos, fico sempre muito feliz e lisonjeada, sempre achando um exagero! Meu blog é tosquinho =p

Beijos!

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Sobre decepção.

Algumas pessoas devem pensar que eu sou idiota. Que eu não sei a diferença quando alguém é amigo de verdade e quando é por interesse.

Mas a falsidade se vê nos olhos, e mesmo demorando para perceber, uma hora eu percebo. Escolho não falar nada, apenas agir diferente.

Essa pessoas acham que enganam perfeitamente, mas todo interesseiro comete seu deslize. Não que eu tenha posses e coisas para oferecer, mas tenho a terrível mania de ser prestativa e querer ajudar as pessoas (e se engana quem acha que isso é uma qualidade), e os interesseiros sabem sugar até da caixa de bombons que você ganha. Eles lucram com qualquer coisa, apenas se fingindo de amigos. Te procuram quando mais precisam: seja por dinheiro, ou para desabafar - quando ninguém mais quer ouvi-los. Mas não fazem a mínima questão de te ajudar em nada, e tratam com pouco caso qualquer desabafo ou tristeza sua. E, na primeira oportunidade, viram as costas e falam mal de você - ou mal de qualquer coisa que você tenha feito, mesmo que seja algo legal. E falam dos outros com você. É nessas horas que se percebe: os olhos brilham ao falar, pelo simples prazer da fofoca.

Estou cercada dessas pessoas. Sempre estive, mas ainda tenho medo. Porque de tanto conviver, sem querer você acaba se tornando uma delas - ou quase se tornando. Eu percebi em tempo o que estava acontecendo.
(e aqui entra minhas desculpas para uma baiana especial - ela sabe o porquê)

Não há escapatória. Sempre vai ter alguém assim do seu lado, e fique atento aos sinais, pois às vezes essa pessoa é especial para você, e você acaba se decepcionando profundamente.

Fica a dica.

domingo, 20 de julho de 2008

02:12h

Procurou pelas portas a saída. Quis entender o porquê, mas isso podia esperar. Andou pelas ruas em qualquer direção, os prédios muito bem iluminados guiando os passos. Jogou o papel na lixeira, não ia mais precisar. Seu celular tocava desesperadamente, e alguém do outro lado da linha apenas queria lhe pedir desculpas. Dizer eu te amo. Talvez. Sabia que devia ser verdadeiro, mas não queria ouvir. Era tortura em excesso. Já não bastava ele ser o cara, e nada de ruim que ele fizesse mudava aquilo. O pior é que ele sabia. No dia seguinte, bastaria olhar em seus olhos, que ela se perderia em seus braços.

Esse pensamento a fez vomitar. Tirou do bolso uma nota de cinco reais. Pensou. Parou no pub mais próximo, mas só pediu um café.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Um muito obrigada [2].



Mais um selinho que recebi da fofa da Talita! Um muito obrigada de novo!





Mais quatro blogs para o selo:
  • Shelha - porque seu blog com suas histórias lindas baseadas em músicas não sai da minha cabeça.
  • Batata Quente - blog no qual escrevo com mais 4 amigas, logo não sai da minha cabeça.
  • Dani - a narrativa sobre sua vida em Londres faz seu blog não sair da minha cabeça.
  • Letícia - não só porque é minha amiga, mas porque amo o jeito como escreve. Por isso não sai da minha cabeça. (Posta, let!)

domingo, 13 de julho de 2008

Um muito obrigada.


Selinho que a Talita me deu, muito obrigada :)




O envio para mais três blogs:

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Metade.



Metade do ano já passou, e eu estou aqui nessas férias que nem parecem férias, refletindo sobre tudo que vivi. Meu cabelo oleoso pede para ser lavado, o vento frio que entra pela janela da sala congela meus pés, estou com vontade de abrir a geladeira e comer aquele pacote aberto de Passatempo recheado assistindo ao Programa do Jô. Mas tudo o que estou fazendo é ficar sentada aqui, escrevendo sobre um passado nem tão passado assim; que novidade!

Metade do ano já passou, e eu aprendi que tenho muito o que aprender ainda. Mas percebi que estou no caminho certo, e que em 1 ano de faculdade eu já posso ter certeza (sempre tive) de que estou fazendo o que amo realmente.

Porém, nesses seis meses aconteceram muito mais coisas do que a faculdade em si. Eu vi como é tentar dormir com medo do meu pai morrer a qualquer momento e como é perder um amigo. Mas fiz amigos também, e me afastei de outros. Porque descobri que esse mundo é muito mais maldoso do que aparenta, e quando me vi dentro dele, em meio a fofocas e intrigas, eu me toquei do que estava acontecendo. A consciência chegou a tempo e eu consegui me resgatar.

Bebi além da conta, tomei decisões erradas, confundi amores. Dormi menos de 4h por noite, em média, me atolei de tarefas e quase explodi. Mas eu amo essa vida, e quando me vejo com tempo disponível para fazer absolutamente nada, me sinto desconfortável. (louca)

A verdade é que esse semestre mais pareceu um ano inteirinho, e a única certeza que tenho é que o próximo vai ser igual.

If you love me, won't you let me know?

Só uma coisa precisa mudar.

domingo, 6 de julho de 2008

Junho.

Livros lidos:

Do Amor e Outros Demônios - Gabriel García Márquez
Márquez trata com uma simplicidade imensa e cativante a vida de uma garotinha de 12 anos, supostamente possuída pelo demônio, e o envolvimento de um padre no caso. Diferente da outra obra que já li do mesmo autor, mas igualmente maravilhosa. Recomendo.

Músicas marcantes:
Good Woman - Cat Power
Porque ela consegue tocar meu coração.


Cinema:

Sex and the City (Sex and the City, 2008). Com Sarah Jessica Parker (Carrie Bradshaw), Kim Cattrall (Samantha Jones), Kristin Davis (Charlotte York), Cynthia Nixon (Miranda Hobbes) e Chris Noth (Mr. Big).

Nesse filme, baseado na série (1998-2004) de mesmo nome, Carrie e Big decidem se casar, após 10 anos de relacionamento conturbado. Estão presentes no filme os mesmos elementos do seriado: grifes, dinheiro, amor, sexo, futilidade e amizade, misturados àquele glamour que só Sex and the city possui.
Para os fãs que assistiram à toda a série (eu!), o começo é meio cansativo, mas os olhos brilham no decorrer do filme. Para quem nunca viu, é mais um filme de comédia romântica que vale à pena.

DVD:

Separados pelo Casamento (The Break-Up, 2006). Com Jennifer Aniston e Vince Vaughn.

Após dois anos de casamento, Brooke (Aniston) e Gary (Vaughn) entram em crise devido à rotina e acabam se separando. Mas nenhum dos dois aceita sair do apartamento. A partir daí, começa uma guerra, na qual tentam infernizar a vida um do outro, até alguém ceder.
O filme é legal, mas você torce, torce, e no final morre na praia.

O Grande Truque (The Prestige, 2006). Com Hugh Jackman, Christian Bale, Michael Caine, Scarlett Johansson, David Bowie e Piper Perabo.

Em Londres do século XIX, os mágicos Robert Angier (Jackman) e Alfred Borden (Bale) vivem em constante rivalidade. É um filme inteligente, que prende a atenção do começo ao fim.

Séries assistidas:

Nip/Tuck - 3ª temporada completa (2005). Com Julian McMahon, Dylan Walsh e Joely Richardson.

Nessa 3ª temporada, os cirurgiões plásticos Christian Troy e Sean McNamara estão de volta dando continuação aos dramas e histórias desenvolvidas a partir da 2ª temporada. Matt se mostra um adolescente cada vez mais rebelde e com crises, principalmente depois de descobrir o segredo de Ava (Famke Janssen). Mas vez ou outra demonstra um pouco de humanidade. Julia McNamara finalmente alcança sucesso profissional, mas continua sendo uma mulher confusa. Sean e Troy, ao longo da temporada, se redescobrem como amigos e sócios, e tentam desvendar o mistério do vilão The Carver (o Açougueiro), maníaco que ataca em Miami. A revelação se dá no último episódio, mas não é surpreendente.
Repleta de temas polêmicos, como transexualismo, Nip/Tuck agrada por misturar bizarrices à dramas atuais, o que prende o telespectador. E claro: sexo, drogas e cirurgias plásticas não podiam faltar nessa 3ª temporada.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

So maybe tomorrow I'll find my way home.

Eu sei que eu deveria estar, nesse momento exato, fazendo minha reportagem de Teorias e Práticas Jornalísticas para Meios Impressos, que à propósito vale 50 pontos, ou seja, meu pulmão esquerdo. Sei também que me ferrarei bonito se nos próximos minutos eu não fechar o Mozilla e ir escrever, além do quê também posso ferrar minha dupla, Letícia linda, e isso é a última coisa que quero na minha vida. Aliás, eu não quero isso nunca na minha vida.

Então, colocarei aqui um texto que não é meu. Mas que foi feito para mim. E propositalmente (ou não), ele é sobre mim. Acontece que a pessoa quem escreveu é tão boa nisso, que conseguiu interpretar meu blog e minha música preferida, e fazer um texto que praticamente diz o que sou agora. Espero que gostem.

(Leiam ouvindo a música)
Stereophonics - Maybe Tomrrow


"Sigh

(A pedido de Darsh)

Eu olho em volta sentindo o vento frio batendo forte no meu rosto. Eu estive perdendo tempo pensando o que nós seriamos agora, ou antes, ou depois. Já faz tempo que você se foi e deixou meu mundo de cabeça para baixo, e mesmo que isso faça minha cabeça ficar pesada eu só respiro fundo, de novo e de novo.

Foto: Bruna M. Cibotto.

Eu não sei exatamente porque, as coisas parecem gostar de ficar invertidas comigo. O cinza chumbo que deveria estar esticado na pista lá fora está tingindo as nuvens acima da minha cabeça, mesmo quando eu quero deitar na grama e ficar imaginando o formato delas, compartilhando a leveza de ser dos velhos drogados de Seattle.
E com a cabeça girando (de coca cola por favor) eu penso que quero mesmo é sair por aí, fazendo o que dá vontade, nadando no meio do oceano, comprar um sorriso – mas ele não é de graça? -, ou pegar um tempo só para mim, e ficar pensando essas bobagens mesmo.
É tudo o que eu quero.
Quero esquecer um pouco que eu deveria te esquecer por algum motivo (estúpido ou não), que eu deveria respirar e sentir a brisa fria e ser livre. Livre. Livre de pensar no que deveria ter acontecido quando não aconteceu.
Eu apenas quero sentir a grama encostando na pele.
E de tanto sentir, eu fiquei sem vontade de ir para casa escutar meus velhos pensamentos ao som das músicas que só me lembram você. Eu quero mais é andar – talvez um ônibus seja uma boa idéia – e lembrar mais um pouco; quem sabe assim meus pés – ou o motorista, é claro – me levem de volta pra casa.
Ou quem sabe eu pare para conversar com a velha cerveja no velho bar. Talvez amanhã eu encontre meu caminho de casa.

Shelhass
Baseada na música Maybe Tomorrow por Stereophonics, e nos singelos e intimistas textos de Darshany Loyola"

A autora: http://shelha.blogspot.com