o esquecimento

acabei de rever "brilho eterno de uma mente sem lembranças". vi sem querer. sem intenções. apesar de o momento atual pedir para rever esse filme, eu realmente não quis. mas revi.

a gente tenta tanto achar a fórmula do esquecimento, não é? imagina como seria bom, simplesmente apagar. puff. se foi. ele não existe mais. imagina quanto sofrimento seria evitado. quantas lágrimas seriam poupadas.

mas a fórmula não existe. o filme prova que não adiantaria nada se ela existisse. algumas coisas simplesmente precisam estar com você e serem carregadas para o resto da vida. mesmo que um dia - se deus quiser - o sentimento acabe, a lembrança vai estar lá, ela tem que estar. pelo menos para uma questão de aprendizado.

mentiras sinceras não me interessam mais.
escolhi o silêncio.
tentei.


acho que nunca saberemos.

mais de um ano após uma das maiores decepções de todos os tempos, o filme

adoro sua poesia, mesmo quando não é.

Depois de passar dois anos gostando de alguém, de estar disposta a quase tudo por essa pessoa, é um grande alívio perceber que a ternura acabou. Que seus olhos não brilham mais.

E quando a ternura acaba, quer dizer que você está pronta para ir em frente de uma vez.

E agora que sinto falta do que já foi?
Percebo que era melhor nunca ter sido.

Acho incrível (e assustadora) a capacidade que algumas pessoas têm de magoar (e gostar disso) outras que tanto se importaram com elas. Que tanto gostaram delas.