quarta-feira, 2 de julho de 2008

So maybe tomorrow I'll find my way home.

Eu sei que eu deveria estar, nesse momento exato, fazendo minha reportagem de Teorias e Práticas Jornalísticas para Meios Impressos, que à propósito vale 50 pontos, ou seja, meu pulmão esquerdo. Sei também que me ferrarei bonito se nos próximos minutos eu não fechar o Mozilla e ir escrever, além do quê também posso ferrar minha dupla, Letícia linda, e isso é a última coisa que quero na minha vida. Aliás, eu não quero isso nunca na minha vida.

Então, colocarei aqui um texto que não é meu. Mas que foi feito para mim. E propositalmente (ou não), ele é sobre mim. Acontece que a pessoa quem escreveu é tão boa nisso, que conseguiu interpretar meu blog e minha música preferida, e fazer um texto que praticamente diz o que sou agora. Espero que gostem.

(Leiam ouvindo a música)
Stereophonics - Maybe Tomrrow


"Sigh

(A pedido de Darsh)

Eu olho em volta sentindo o vento frio batendo forte no meu rosto. Eu estive perdendo tempo pensando o que nós seriamos agora, ou antes, ou depois. Já faz tempo que você se foi e deixou meu mundo de cabeça para baixo, e mesmo que isso faça minha cabeça ficar pesada eu só respiro fundo, de novo e de novo.

Foto: Bruna M. Cibotto.

Eu não sei exatamente porque, as coisas parecem gostar de ficar invertidas comigo. O cinza chumbo que deveria estar esticado na pista lá fora está tingindo as nuvens acima da minha cabeça, mesmo quando eu quero deitar na grama e ficar imaginando o formato delas, compartilhando a leveza de ser dos velhos drogados de Seattle.
E com a cabeça girando (de coca cola por favor) eu penso que quero mesmo é sair por aí, fazendo o que dá vontade, nadando no meio do oceano, comprar um sorriso – mas ele não é de graça? -, ou pegar um tempo só para mim, e ficar pensando essas bobagens mesmo.
É tudo o que eu quero.
Quero esquecer um pouco que eu deveria te esquecer por algum motivo (estúpido ou não), que eu deveria respirar e sentir a brisa fria e ser livre. Livre. Livre de pensar no que deveria ter acontecido quando não aconteceu.
Eu apenas quero sentir a grama encostando na pele.
E de tanto sentir, eu fiquei sem vontade de ir para casa escutar meus velhos pensamentos ao som das músicas que só me lembram você. Eu quero mais é andar – talvez um ônibus seja uma boa idéia – e lembrar mais um pouco; quem sabe assim meus pés – ou o motorista, é claro – me levem de volta pra casa.
Ou quem sabe eu pare para conversar com a velha cerveja no velho bar. Talvez amanhã eu encontre meu caminho de casa.

Shelhass
Baseada na música Maybe Tomorrow por Stereophonics, e nos singelos e intimistas textos de Darshany Loyola"

A autora: http://shelha.blogspot.com

13 comentários:

Talita S. disse...

Joguei tudo pra cima,pra ver onde caía.Mas a verdade é que não é necessário eu olhar pra trás,pra ver onde caiu.Melhor eu olhar pra frente,pra ver onde novas coisas poderão cair.
Isso é pra mim,ao menos.

Beijo!

Anônimo disse...

Eu me procuro faz tanto tempo...eé ruim achar isso só..
Pq um só não conta.
:/

Anônimo disse...

Que lindo!
Adorei...irei visitar...
Bjos,
Paola.

MH disse...

hmmm...senti um certo clima nesse texto...rsrrs...muito bonito. e Stereophonics é tuuudooooooo...

D. Martins disse...

Pq será que essa música faz a gente pensar em tantas e tantas coisas? Eu ouço ela, até ficar gasta.rsrs

beijO! e o texto, em precisa falar né? Apenas sentir =)

Aprendiz do amor disse...

adoro essa música.
texto bem legal.
e é, quem sabe amanhã...
=)
vou te linkar.
beijos.

Anônimo disse...

Nossa! Texto e musica sistesicos.
Sem palavras.

Anônimo disse...

*sinestésicos

Moni disse...

Certamente vc não é a unica que se identificou! beijos

Renata Silva disse...

Eu li esse post lá!
Beijos

Lari Bernardi disse...

*-*

Flora disse...

Docemente meigo e melancólico.
beijos

Marília disse...

Inspirado em você?Muito lindo.

Acho que isso é pleonasmo.

Voltei, minha garota-do-casaco-verde.
Eu falei que voltaria.
Assim pelo menos tenho mais notícias de você.
E de mim.

Beijos