quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Summer love.

Me parece que quando se desiste de enxergar, a probabilidade de um encontro casual aumenta. Tudo bem, pode ser só uma impressão, já que não sou muito boa em matemática. Na verdade, eu não gosto muito dessa idéia de casual. Soa estranho. Não gosto do planejado, mas o casual também não me agrada.

Mas ele adora acontecer. Só para me irritar. E foi então que de longe eu vi. De imediato, não reconheci, mas seus ombros largos eram inconfundíveis mesmo diante da minha miopia. Havia alguém com os dedos entrelaçados aos seus. Paro aqui e questiono minha reação: nada senti. Continuei observando. Ela era bem bonita. Infinitamente mais do que eu, o que não é difícil. Alta, provavelmente não precisava ficar na ponta dos pés para beijá-lo, como um dia eu já fiz. Ela poderia ser sua nova namorada, ou apenas um amor de verão. Não me importei. Eu já tenho meu próprio amor de verão. E um de primavera também.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Aos leitores.

Sei que ando meio sumida. Minha internet deu problema, e tive outras coisas a resolver. Umas mais sérias, outras nem tanto, porém todas me tomaram tempo. Mas agora estou de volta, e andei escrevendo cartas e tomando banhos de chuva para ver se minha inspiração continua a mesma. E, a partir de hoje, as histórias descritas aqui serão mais fictícias do que reais.

Um beijo.

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Um pouco de música.

Shelha me lançou uma maldição.
A seguir os caminhos para que ela se complete.

1- Abra sua lista de reprodução (Winamp, Media Player ou derivados)
2- Coloque em "Ordem Aleatória"
3- Aperte "Play!"
4- Pra cada pergunta, coloque a música que estiver tocando.
5- Quando for pra outra pergunta, mude de música!

1} Créditos de Abertura:
Reptillia - The Strokes (não houve muito siginificado nisso).

2} Ao acordar:
Dig - Incubus (porra! porra!)

3} Primeiro dia de aula:
Proibida pra mim - Zeca Baleiro (me senti uma daquelas garotas populares que chegam na escola e atraem todos os olhares dos caras e não dá nenhuma moral para eles - isso NÃO acontece).

4} Infância:
Creep - Radiohead (poxa, eu não era uma criança deprimida).

5} Ao se apaixonar:
Every me and every you - Placebo (ahhh não queria que tivesse dado essa
não!)

6} Música de Batalha:
Paper Bag - Fiona Apple (Deus, nada a ver).

7} Fim de namoro:
Como eu quero - Kid Abelha (só se terminaram com você que "uhhh eu quero você como eu queeero" vai valer ¬¬)

8} Formatura:
Closing Time - Semisonic (ahhhh essa música é perfeita para todas as situações e eu iria CHORAR se ela tocasse na minha formatura, pqp).

9} Vida:
Ironic - Alanis Morissette (HAHAHAHAH isn't it ironic, don't you think? HAHAHAH)

10} Faculdade:
Don't dream it's over - Sixpense none the richer (poxa, isso me lembra que um dia vai acabar).

11} Colegial:
Only happy when it rains - Garbage (ah, cefetes...)

12} Depressão:
Head Over Feet - Alanis Morissette (ah não, a alanis nem me deprime. ela conversa comigo. juro).

13} Na estrada:
Drive - Incubus (esse negócio começou a me dar medo!! HAHAHAAH)

14} Flashback:
Hand in my pocket - Alanis Morissette (é, me lembra várias coisas).

15} Reatando namoro:
All my loving - The Beatles (perfeita! não que eu tenha reatado namoro ouvindo ela, mas até que faz sentido).

16} Casamento:
She will be loved - Maroon 5 (eu AMO essa música, e faz todo o sentido ela tocar num casamento, mas a idéia de ouvi-la no MEU casamento me dá vontade de vomitar).

17} Nascimento do filho:
Love Hurts - Incubus (hahahahaah deve doer messsssmo).

18} Batalha Final:
So damn beautiful - Poloroid (não que o nome tenha a ver, mas até que ela tocando dá pra imaginar).

19} Cena de morte:
A sorta fairytale - Tori Amos (como assimmmmm?)

20} Música do Funeral:
You know i'm no good - Amy Winehouse (escrevam isso na minha lápide, por favor!)

21} Créditos Finais:
Maybe Tomorrow - Stereophonics (porque precisamos fechar com chave de ouro, né?)

Quem continua essa corrente tenebrosa: Natasha (The Honey Fire)!!! huhuhuhu

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Um chocolate quente, por favor.

Era de se esperar que eu pedisse um café fumegante. Adoçaria de qualquer modo, até que ficasse agradável ao meu paladar. Tomaria sozinha, como de costume.

Ele sentou na cadeira em frente. Era de madeira escura e brilhante, e o assento era cor de creme e fofo. Um lugar confortável, posso afirmar. A mesa era feita da mesma madeira que a cadeira, e sobre ela estavam dois cardápios.

Quero um café, falei.
Porquê?, ele perguntou.
Porquê eu gosto de café, oras.
Mas você toma café quando está sozinha.
E daí?
E daí que hoje você não está sozinha.

É. Naquele dia eu não estava. Não sei se foi a chuva, o fato de eu ter dirigido sem carteira, ou o meu celular ter sumido. Mas algo de muito errado fez algo de muito certo acontecer. Inesperado, eu diria.

Um chocolate quente, por favor.
Dois, ele corrigiu.

Senti seus olhos querendo me dizer alguma coisa. Sempre tive essa mania de querer decifrar olhares. Ele estava muito bonito, de vermelho.

O vermelho lhe faz bem.

Ele só sorriu. Daquele jeito encabulado, mas que concordava. Uma gracinha, achei. Quis beijá-lo. Como sempre. Sou tão previsível.

Nessa semana, lembrar de:

1)Pintar os calouros - só porque fizeram o mesmo comigo, nada pessoal.
2)Consertar a velox - na verdade, ligar pra alguém consertar.
3)Ir pro inglês no horário certo - é, eu confundo.
4)Lavar o allstar preto - achá-lo, primeiro.
5)Cortar o cabelo - porque ele já tá médio, e eu gosto de dizer que tenho cabelo curto.
6)Levar meu pai ao médico - como?
7)Pesquisar preços de auto-escolas - tá na hora.
8)Pedir desculpas - me desculpa?
9)Comprar uma agenda - porque eu cansei de esquecer tudo.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Apenas porque já não sei.

Nathan e Haley - cena de One Tree Hill

A cerveja desceu queimando. Não mais que duas latas. Era desnecessária aquela cena.
A noite já estava vindo. Mais cedo que o normal. Nem o horário de verão a impediria. Não dessa vez.
Nuvens cinzentas no céu. Alguns relâmpagos, e a sensação de já ter passado por isso. Ou a certeza?
Certeza de quê?, eu lhe pergunto. Então guarde esse olhar. Eu não preciso dele.
Eu ando lentamente. Até você. Posso escolher as palavras, ou apenas cuspi-las, me virar, e ir embora.
Já te disse para guardar esse olhar. Ele me deixa com as pernas bambas.
"Não sei do que você está falando".
Nem eu.

Vai chover. E eu ainda não acredito nem na metade.